Filho de Bob Marley elogia escalação de Kingsley Ben-Adir em filme sobre o pai: "Escolha certa"
Ziggy Marley é um dos produtores do filme, assim como sua mãe, Rita, e sua irmã, Cedella
O ator britânico Kingsley Ben-Adir contou com a benção da família do mais famoso músico de reggae de todos os tempos para interpretá-lo em "Bob Marley - One Love", cinebiografia que está em cartaz nos cinemas. Ziggy Marley, filho do cantor e produtor do filme, falou sobre a escolha do ator que interpreta seu pai.
"Procuramos em todos os lugares, mas no final, para nós e para mim: Kingsley. Ele prendeu a nossa atenção, nos fazia ouvir e não nos distraímos com nada. Era como se ele fosse a única pessoa desse tipo. E, para mim, se você vai interpretar Bob Marley, você precisa nos manter engajados. Então, ele era a escolha certa. Eu estou amando", disse.
Além de Ziggy, também assinam como produtoras do longa-metragem, sua mãe, Rita, e sua irmã, Cedella. De acordo com o filho de Bob Marley, ter realizado a pré-estreia mundial do filme na Jamaica, no final de janeiro, foi um teste importante para a obra.
"A Jamaica é um dos públicos mais difíceis, especialmente porque o Bob é da casa. Mas eles amaram o filme. Depois disso, não importa o que os outros digam. A Jamaica diz 'sim' e é isso", apontou.
Sobre o desempenho de Kingsley ao interpretar um nativo da Jamaica, o herdeiro de Marley diz acreditar que o ator "fez um bom trabalho". "Acho que o fato de termos cercado ele de jamaicanos ajudou a tornar isso uma realidade. Ele conseguiu fazer um ótimo trabalho ao expressar o nosso dialeto da melhor maneira que pôde e funcionou para nós", analisou.
"Bob Marley: One Love" tem roteiro e direção de Reinaldo Marcus Green, mesmo diretor de "King Richard: Criando Campeãs" (2021), sobre o pai das irmãs Williams. Em concordância com a família do cantor, o cineasta optou por levar às telas o que aconteceu com ele entre 1976 e 1978.
Período retratado
O recorte temporal traz um período de fortes conflitos políticos na Jamaica, quando Marley sofre um atentado a tiros e busca exílio em Londres.O período compreende ainda a composição do álbum "Exodus", culminando no famoso show "One Love Peace Concert" em 1978.
"Eu amo filmes e queria um que fosse divertido, tivesse ação e alguns tiros. Esse foi realmente o período mais emocionante e criativo, diante de tudo o que estava acontecendo na vida do meu pai", explicou Ziggy.
Era também um desejo da família, segundo Ziggy, que o longa-metragem retratasse uma representação realista do ídolo jamaicano. "Não queríamos a versão hollywoodiana de Bob Marley", afirmou. Por isso, o filme busca mostrar a potência, mas também o lado vulnerável do personagem.
"Não poderíamos fazer com que parecesse de outra forma além de como sabíamos que ele era. Isso significa que ele poderia ser amoroso ou não, poderia estar ferido, ser emotivo ou estar com ciúmes. Todas essas são características de Bob Marley que muitas pessoas não viram ou não conheciam", destacou o herdeiro, garantindo que o biografado teria aprovado o resultado. "Acho que, realmente, funcionou como meu pai gostaria que funcionasse", completou.
Sucesso nas bilheterias
"Bob Marley: One Love" chegou aos cinemas no dia 12 de fevereiro, liderando a bilheteria global no seu final de semana de estreia. Entre os dias 14 e 18 de fevereiro, o filme arrecadou cerca de US$ 80 milhões (o que equivale a aproximadamente R$ 397 milhões).,
Nos Estados Unidos, o longa-metragem fez US$27,7 milhões e está em primeiro lugar no ranking. Já no Brasil, a cinebiografia do ícone do reggae ficou em segundo lugar entre os mais vistos, arrecadando R$ 8,67 milhões. Ao todo, o título já levou 390.270 pessoas às salas de cinema desde o seu lançamento.