SUDENE

Sudene lança projetos na área de bioeconomia; parceria é com a Univasf

A Rede Impacta Bioeconomia e o Fruitech reúnem o desenvolvimento sustentável e a inovação para estimular a economia regional

Divulgação

Nesta segunda-feira (19), a Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), em parceria com a Universidade do Vale do São Francisco (Univasf), lançou os projetos  Rede Impacta Bioeconomia e o Fruitech.

O objetivo é unir o desenvolvimento sustentável e a inovação para estimular a economia regional com base em práticas que valorizem a sustentabilidade ambiental. As iniciativas contam com R$ 811 mil em investimentos da Sudene. Os projetos foram apresentados em um evento realizado no Cineteatro da Universidade. 

Além da Univasf, a Rede Impacta Bioeconomia conta com a parceria da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), por meio do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia do Complexo Econômico Industrial da Saúde (iCeis).

Para o início do projeto, a Rede conta com a parceria das cooperativas Coopercuc (Cooperativa Agropecuária Familiar de Canudos, Uauá e Curaçá), localizada na Bahia, e a Cooates (Cooperativa de Trabalho Agrícola, Assistência Técnica e Serviços), de Pernambuco. 

A Rede Impacta Bioeconomia une pesquisadores das universidades participantes para 
detectar novas formas de utilizar plantas nativas dos biomas Caatinga, Mata Atlântica e Cerrado para a área da saúde.

O objetivo é fazer um mapeamento das cadeias econômicas existentes nestes territórios e produzir, de maneira sustentável, novos produtos a partir de insumos como o umbu, maracujá da caatinga, pitanga, acerola e melão de São Caetano. Inicialmente, é esperado a produção de suplementos alimentares e defensivos agrícolas, além de cosméticos e produtos farmacêuticos. 

Na última etapa de desenvolvimento da iniciativa, serão produzidos medicamentos. O prazo para execução do projeto é de um ano. Além disso, também serão identificadas organizações socioprodutivas com um grande nível de solidez de atuação no território para melhorar as atividades com o objetivo de aumentar a produção e diversificar o beneficiamento das matérias primas utilizadas, criando novos negócios incorporados ao Complexo Econômico Industrial da Saúde, estratégia do Ministério da Saúde incorporada à Nova Política Industrial lançada recentemente pelo Governo Federal. 

"O semiárido é um território estratégico. O bioma caatinga também tem potencialidades para agregar ciência e tecnologia para estruturar melhor os arranjos produtivos locais já existentes. Os projetos de hoje são um incentivo para fazer chegar mais oportunidade para os pequenos produtores e incorporá-los às atividades econômicas deste complexo de saúde. É uma rede com olhar de futuro", afirmou o superintendente da Sudene, Danilo Cabral. 

"Esses dois projetos com a Sudene refletem o espírito de parceria que buscamos criar para o desenvolvimento regional. Esperamos capacitar os produtores da região e desenvolver novos produtos. Por um lado, trabalhamos o agronegócio. Por outro, focamos nos potenciais naturais da nossa caatinga", comentou o reitor da Univasf, Télio Nobre Leite. 

O professor do Colegiado de Farmácia da Univasf, Jackson Guedes, acredita que  as atividades produtivas que utilizam a caatinga como território de exploração sustentável, poderão avançar. "O estudo químico e farmacológico das plantas medicinais da caatinga entra em uma nova fase com esta iniciativa. Esperamos agregar valor às plantas, gerar emprego e renda para o pequeno agricultor.

A área da bioeconomia está em evidência e a caatinga tem espécies de plantas que podem ser transformadas em produtos. Temos a perspectiva de lançamento de um protetor solar e, futuramente, um suplemento alimentar que vai ser utilizado para o tratamento de dislipidemias, diabetes, além de um medicamento fitoterápico para o tratamento de insônia e ansiedade", disse o pesquisador.