Navalny

Países europeus convocam diplomatas russos e pedem explicações sobre a morte de Navalny

Lista inclui Alemanha, Lituânia, Espanha, Suécia, Holanda, Noruega, França e Reino Unido

Líder da oposição russa, Alexei Navaly, durante marcha em homenagem a Boris Nemtsov, em 2018 - Vasily Maximov /AFP

Ao menos sete governos da União Europeia, incluindo Alemanha, Lituânia, Espanha, Suécia, Holanda, Noruega e França, convocaram diplomatas das embaixadas russas nesta segunda-feira após a morte na prisão do líder da oposição Alexei Navalny. O Reino Unidos já havia feito o mesmo na sexta à noite.

A morte de Navalny em uma prisão remota no Ártico, onde o homem de 47 anos estava cumprindo uma sentença de 19 anos depois de sobreviver a um incidente de envenenamento em 2020 que ele acusou o Kremlin de cometer, foi anunciada na sexta-feira.

Os países ocidentais apontaram unanimemente a culpa das autoridades russas pela morte de Navalny, três anos após o início de sua sentença, que priva a oposição de sua figura mais proeminente um mês antes das eleições presidenciais que devem aumentar o firme controle de Vladimir Putin no poder.

"É terrível que Alexei Navalny tenha pago o preço final por sua luta por uma Rússia livre e democrática", publicou Hanke Bruins Slot, ministra das Relações Exteriores da Holanda, no X, antigo Twitter. "Esta tarde, convoquei o embaixador russo ao Ministério para exigir esclarecimentos sobre sua morte. Pedimos encarecidamente à Rússia que liberte o corpo de Navalny para sua família e parentes.

No início desta segunda-feira, o ministro das Relações Exteriores da Suécia, Tobias Billstrom, disse em um comunicado que havia convocado o embaixador da Rússia e pediu que a União Europeia considerasse "um novo regime de sanções visando à repressão interna na Rússia".

O ministro das Relações Exteriores da França também pediu que o embaixador russo fosse convocado às 18h30 (horário de Paris).

— O regime de Vladimir Putin mostrou mais uma vez sua verdadeira natureza — afirmou Stéphane Séjourné, em Buenos Aires, durante uma entrevista coletiva conjunta com a chanceler da Argentina, Diana Mondino.

Na sexta-feira, o ministro das Relações Exteriores da Espanha, José Manuel Albares, disse que Madri "exige que as circunstâncias" da morte sejam esclarecidas.