SAÚDE

As tigelas de água dos pets também atraem o mosquito da dengue? Entenda

O mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya, se reproduz em água limpa e parada

Tigela de água pode se transformar em criadouro para o mosquito da dengue - Freepik

O mosquito Aedes aegypti é o transmissor da dengue, zika e chikungunya. Esse inseto se reproduz em água limpa e parada, por isso, eliminar os criadouros do mosquito é a melhor forma de prevenir a dengue.

Em São Paulo, por exemplo, o governo do estado afirmou que "80% dos focos do Aedes aegypti estão no interior das residências. Alguns exemplos de lugares aonde a fêmea do Aedes coloca seus ovos são calhas, pratinhos de plantas e até mesmo no pote de água dos pets.

— A água dos pets é um super atrativo porque é uma água com limpa, mas que fica com um pouco de matéria orgânica proveniente do ato do pet beber água. Essa matéria orgânica ajuda a estimular o desenvolvimento daquele ovo até a fase adulta — explica a bióloga Denise Valle, especialista em Aedes aegypti, e pesquisadora do Laboratório de Medicina Experimental e Saúde do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz).

Para evitar que a tigela de água se torne um criadouro do mosquito é necessária a troca de água e higienização frequentes.

— Para evitar que as tigelas se tornem criadouros, é necessário trocar a água regularmente. Semanalmente devemos eliminar os possíveis focos do mosquito e isso se aplica às tigelas — orienta o infectologista Julio Croda, da Fiocruz.

Valle afirma que não é necessário passar água sanitária, basta lavar a tigela com uma bucha e sabão, pelo menos uma vez por semana.

 

— É importante esfregar a borda da tigela com a parte mais abrasiva da esponja porque isso esmaga os ovos. As pessoas tendem a lavar o fundo, mas os ovos ficam na borda

Além disso, a bióloga diz que se já tiver larva no pote, a água precisa ser descartada em um lugar seco - pode ser no chão ou usada para molhar as plantas - porque a larva morre no seco.

— Se essa larva for descartada na pia, no ralo ou no vaso sanitário, a larva apenas irá mudar de lugar, mas não vai morrer — pontua Valle.