Inspiração na Disney e a fantástica fábrica de chocolate brasileira: veja os planos da Cacau Show
A expectativa é que, em 2024, a Cacau Show fature R$ 7 bilhões, e o Playcenter, R$ 120 milhões
O tradicional parque de diversão foi criado em 1973, na capital paulista, e ficou conhecido nacionalmente como Playcenter, o primeiro de grande porte do Brasil, localizado em São Paulo. O empreendimento funcionou por 39 anos até ter suas atividades encerradas em 2012. Nesta terça-feira, a Cacau Show anunciou a compra do grupo pioneiro no setor de parques de diversão no país. O valor do negócio não foi informado. A aquisição marca mais um capítulo da estratégia da fabricante de chocolates de criar espaços que proporcionem experiências aos seus clientes.
Desde então, o grupo passou a investir no que chamou de “novo conceito”. O Playcenter, que havia marcado a infância da geração X, com a criação do primeiro parque de diversões de grande porte passou a seguir com dois modelos de operação em shoppings centers paulistas e em Salvador. São eles: os Playlands, com brinquedos menores, e o Playcenter Family, com estruturas maiores, mas ainda em ambientes cobertos.
Durante o evento na Playland do Shopping Eldorado ao lado de Marcelo Gutglas, fundador do Grupo Playcenter, Alexandre Costa, fundador e CEO da Cacau Show deu uma spoiler do que pode vir pela frente, em que as ideias incluem a construção de um parque outdoor. Os profissionais disseram que a possível construção de um parque temático deve ter como inspiração grandes empresas internacionais do ramo do entretenimento. Veja antes e depois do incêndio em fábrica da Cacau Show, no ESAinda não há confirmações oficiais sobre o projeto nem a localização exata da potencial propriedade.
Atrações
O processo de incorporação dos parques ao projeto da Cacau Show será executado em etapas. Com inspiração na Disney, inicialmente serão introduzidos espaços de alimentos e bebidas da Cacau Show, através de serviços que ofereçam fondues, waffles e chocolates, além da tematização de algumas atrações, com personagens da marca. Dessa forma, os parques de diversões serão associados à marca da Cacau Show. No longo prazo, Costa diz que sonha em construir a fantástica fábrica de chocolate brasileira, como a do filme de Tim Burton lançado em 2005.
“Esse é o meu sonho, mas nesse momento estamos fazendo planos de negócio”, afirma. O executivo pondera que um parque dessa magnitude envolveria valores de ingressos elevados, o que não condiz com a com a realidade da maioria dos brasileiros.
A expectativa é que, em 2024, a Cacau Show fature R$ 7 bilhões, e o Playcenter, R$ 120 milhões. No ano passado, os faturamentos foram de R$ 5,5 bilhões e R$ 100 milhões, respectivamente.
Expansão para fora de SP
Costa afirmou que a previsão é expandir as operações dos parques para outros estados, como o Rio de Janeiro, a partir do segundo semestre de 2024. Ao longo do tempo, segundo ele, o plano é triplicar o número de funcionários do Playcenter, atualmente em torno de 500 pessoas.
Ele explica que, quando a empresa decidiu parar de vender seus chocolates em supermercados e concentrar as vendas em lojas com marca própria, percebeu que a melhor estratégia seria associar as vendas a experiências.
A Cacau Show tem uma rede de 4.200 lojas no país, atualmente único canal de vendas da marca, juntamente com as vendas diretas e on-line. A compra do Playcenter vai permitir à companhia avançar na criação de parques de diversões e estruturas de lazer temáticas.