REFORMA

Governo Federal destina R$ 20 milhões para conclusão das obras do Mercado de São José, no Recife

Primeira etapa da reforma do ponto começou em janeiro deste ano, com previsão de término total do projeto para 2026

Mercado de São José - Fotos: Alfeu Tavares/Folha de Pernambuco

O Governo Federal destinou R$ 20 milhões para a reforma do Mercado de São José, no Recife. A ação aconteceu por meio do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e do Ministério da Cultura (MinC), que assinaram, nessa quinta-feira (22), um Termo de Compromisso (TC) com a Prefeitura da capital, representada pelo prefeito João Campos (PSB), em Brasília. 

A ação integra o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o Novo PAC Patrimônio Cultural, como vem sendo chamado. A primeira etapa das obras no Mercado de São José começaram em janeiro deste ano. A previsão de término total do projeto é para 2026.

“Assinamos este termo de compromisso para a revitalização do Mercado de São José, que já está acontecendo, e que agora será uma obra do PAC. Quero agradecer ao presidente Lula, à ministra Margareth Menezes e ao superintendente do IPHAN, Leandro Grass, por esta parceria que garante a preservação do patrimônio histórico, além de ajudar no desenvolvimento das cidades brasileiras”, comemorou o prefeito João Campos.

A cerimônia de assinatura foi realizada no Ministério da Cultura, com presença da ministra Margareth Menezes. Ela afirmou que a requalificação do Mercado de São José, tombado ao nível federal pelo IPHAN em 1973, é mais um ato de ativação da cultura no Brasil. "Para mim, como ministra, e para todo o sistema MinC, é um momento muito importante. É um projeto com memória e representatividade. São tantos os elementos envolvidos na reforma desse mercado que não irá contemplar apenas Pernambuco, mas todo o Brasil", declarou.

Também estavam presentes, além administra e do prefeito: o presidente do Iphan, Leandro Grass; o secretário-executivo do MinC, Márcio Tavares; a secretária dos Comitês de Cultura do Minc, Roberta Cristina Martins, e o assessor especial da Secretaria de Relações Institucionais (SRI) da Presidência da República, Mozart Julio Tabosa.  

Assinatura de Termo de Compromisso para disponibilização de R$ 20 milhões para reforma do Mercado de São José. - Foto: Filipe Araújo/Ministério da Cultura

Obras no Mercado de São José
A requalificação do Mercado de São José visa garantir a restauração e preservação do equipamento, que possui 403 boxes de capacidade. O equipamento ocupa uma área de 4,6 mil m² - dos quais 3,5 mil m² são cobertos -, dividida em dois pavilhões, além de um pátio externo. O projeto deve preservar a estrutura dos elementos do Mercado.

A execução do projeto foi dividida em duas etapas para que o comércio no local não seja muito impactado. Nesse primeiro momento, 46 permissionários foram transferidos para um anexo provisório, localizado na Rua da Praia, no bairro de São José, área central do Recife. Outros 54 trabalhadores optaram por receber um auxílio no valor de R$ 3 mil enquanto durarem as obras.

A primeira etapa corresponde a 50% do Mercado de São José. Após sua conclusão, os permissionários serão realocados para a sede principal e a outra metade será movida para o anexo para que a reforma seja concluída. A segunda fase também tem previsão de um ano para ser finalizada, segundo a diretoria da  Conviva Mercados e Feiras, responsável pelo projeto, no início da obra.

O objetivo da obra nas áreas de estrutura, ferragem e hidráulica. Também estão previstos novos banheiros, além de reforma no telhado do ponto, alvo de reclamações nos últimos anos por parte de comerciantes.

História do Mercado de São José
Inaugurado em setembro de 1875, o Mercado de São José é o mais antigo do Brasil e tem arquitetura em ferro típica do século XIX. O espaço é um dos monumentos pernambucanos, reconhecido e tombado pelo Patrimônio Histórico. Sua estrutura metálica secular é também um marco na arquitetura local e faz parte do dia a dia de recifenses e turistas. O mercado destaca-se pela sua forte área de comércio de produtos de artesanato, alimentos, produtos religiosos, mercearias e depósitos.