CPRH confirma maré vermelha na praia de Boa Viagem; banho deve ser evitado em trechos afetados
Recomendação é evitar o banho de mar em trechos onde a água estiver com cor e cheiros diferentes
O fenômeno "maré vermelha" foi registrado na praia de Boa Viagem, na Zona Sul do Recife. A confirmação é da Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH), que recomenda evitar o banho de mar em trechos onde a água estiver com cor e cheiros diferentes.
Em Pernambuco, até 4 de fevereiro, as praias de Tamandaré e de Maracaípe, no Litoral Sul, registraram o fenômeno, que provocou intoxicação em pelo menos 338 pessoas, que buscaram atendimento médico após tomar banho nos locais, segundo a Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE).
A CPRH informou que, na última terça-feira (20), foi informada sobre o aparecimento de manchas na água na Praia de Boa Viagem e enviou técnicos da agência para coletar amostras da água para análise laboratorial.
"Os resultados confirmaram que a mancha é uma floração de dinoflagelados, um grupo diversificado e com espécies potencialmente produtoras de toxinas. A CPRH continua realizando análises para identificar a espécie da alga e recomenda a população a evitar o banho de mar em locais com água de coloração e odor diferentes", informou o órgão.
A maré vermelha é causada quando há um acúmulo de microalgas, que, quando recebem cargas excessivas de nutrientes, formam grandes populações e, durante seu metabolismo, liberam toxinas que ficam na água e, às vezes, vão até para a atmosfera, podendo ser inaladas por quem está na parte costeira. O fenômeno ocorre principalmente em período de altas temperaturas.
Entre os principais sintomas apresentados após contato direto ou indireto com a água, estão mal-estar, dor de cabeça e no corpo, vômitos, além de irritação na pele, olhos e garganta. A orientação é procurar a unidade de saúde mais próxima.
Até o momento, a SES-PE não recebeu notificações por parte dos serviços de saúde de casos envolvendo a Maré Vermelha, nos municípios de Recife e Jaboatão dos Guararapes, na RMR, mas, segundo a CPRH, a pasta já está em contato com as secretarias municipais e realizando uma busca ativa para verificar a ocorrência de casos suspeitos.
"É importante frisar que a floração de algas é um fenômeno natural, de periodicidade aleatória, vinculado a uma série de condições ambientais, e ocorre em todos os ambientes aquáticos do mundo", informou o órgão.