Futebol

Técnico do Náutico comemora fim de tabu diante do Sport e prega evolução da equipe

Timbu voltou a vencer o rival após um jejum de quatro anos; resultado colocou o clube no caminho do Afogados, nas quartas de final do Estadual

Lance de Náutico 1x0 Sport - Ricardo Fernandes/Folha de Pernambuco

A vibração do técnico Allan Aal chamou atenção após o apito final que cravou a vitória do Náutico por 1x0 diante do Sport, nos Aflitos, neste sábado (24), pela última rodada da primeira fase do Campeonato Pernambucano. Uma comemoração que vai além do triunfo que deixou o Timbu na terceira colocação do torneio, colocando a equipe no caminho do Afogados, no próximo domingo (3), também em casa, pelas quartas de final. Também foi a celebração de alívio após dias desgastantes.

Após o empate em 1x1 com o Vitória, no Barradão, na última quarta (21), pela Copa do Nordeste, o Náutico não teve tempo para treinar para o clássico. O voo que traria a equipe na quinta passada teve problemas técnicos e os alvirrubros só regressaram ao Recife na sexta. Sem tempo de preparação para o jogo diante do Sport.

"Foi em uma circunstância que fugiu ao nosso controle. Tínhamos uma logística perfeita no papel, mas infelizmente, na prática, houve o problema. Isso influenciou mentalmente os jogadores mentalmente porque foi algo delicado e mal explicado. Superamos isso e quero destacar o comprometimento e postura desse grupo. Foi a primeira vez, em 26 anos de futebol profissional, que joguei uma partida sem treinar.  Ninguém reclamou, usou isso como justificativa. Nos entregamos do início ao fim. Tivemos as melhores oportunidades, envolvemos o adversário. O clássico é sempre competitivo e ali (comemoração) foi uma descarga de adrenalina. Há quatro anos, a gente não vencia o clássico. Tudo isso serve de combustível para nós. A mesma insatisfação do torcedor é a nossa. Temos muito a evoluir ainda. Estamos no caminho certo.”, afirmou. 

O treinador também elogiou a equipe do Sport e manteve os pés no chão, analisando pontos que o Náutico precisa crescer antes do início do mata-mata do Estadual. 

“O Sport tem qualidade técnica grande. Uma equipe que não pode dar espaços. Tivemos uma estratégia boa para forçar que os volantes armassem a equipe deles. Isso deu certo. Ficamos felizes porque o que planejamos na maior parte do tempo deu certo. Poderíamos até ter ampliado o marcador, mas no final prevaleceu o coração e a entrega. Graças a Deus quebramos o tabu, dando esse presente ao torcedor", apontou, frisando que a pontaria é um ponto que precisa ser trabalhado nos próximos dias. 

“Quando ganhamos, não podemos achar que está tudo certo. Quando perdemos, não está tudo errado. Teremos uma semana para recuperar os atletas e corrigir alguns detalhes que podem fazer a diferença. Principalmente na finalização. Podemos finalizar mais as jogadas. Estamos sendo preciosos, esperando o melhor momento para poder finalizar, querendo fazer uma assistência na hora que deveria definir a jogada”, completou.