Pernambuco divulga ações para evitar surto de doenças respiratórias em crianças
"Infância Protegida" contará com a abertura de 100 novos leitos públicos e terá investimento de mais R$ 4 milhões mensais
Em coletiva realizada na tarde desta segunda-feira (26), na Secretaria Estadual de Saúde, no bairro do Bongi, na Zona Oeste do Recife, o Governo de Pernambuco anunciou uma série de ações para impedir surtos de doenças respiratórias sazonais no público infantil, principalmente entre os meses de março e agosto. As diretrizes do Plano de Contigência "Infância Protegida" foram lançadas com a presença da governadora Raquel Lyra (PSDB).
Um dos principais intuitos da novidade é a abertura de 100 novos leitos públicos, conforme forem necessários, para receber as crianças diagnosticadas com alguma Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). A governadora informou que mais R$ 4 milhões estão sendo investidos, totalizando R$ 9 milhões mensais .
"Desde o ano passado a gente vem trabalhando para aumentar o número de leitos da pediatria do sistema público de saúde, dentro dos hospitais mantidos pelo Estado. Ao longo do tempo, fizemos isso com um investimento de R$ 5 milhões por mês", iniciou a gestora.
"A gente pode trabalhar também uma campanha mais forte de vacinação junto aos municípios. A formação continuada dos profissionais que estão na base e que podem garantir um atendimento mais adequado. Criamos um protocolo de atendimento estadual, para poder saber quais encaminhamentos fazer, e agora garantindo mais R$ 4 milhões para minimizar os efeitos da síndrome respiratória e manter todas as vidas que forem possíveis", contou Raquel Lyra.
Segundo a secretária de saúde do Estado, Zilda Cavalcanti, todas as medidas de prevenção devem ser tomadas. Principalmente em torno das crianças menores de dois anos - público com mais risco de contrair os casos mais graves. Em 2023, as doenças do sistema respiratório foram a principal causa de internação das crianças em Pernambuco.
"As crianças mais novinhas, especialmente os bebês e os que nascem prematuros, têm riscos de desenvolver quadros graves, conhecidos como bronqueolite, que são quadros que foram responsáveis, inclusive, por boa parte do agravamento das crianças durante o período da sazonalidade do ano passado", explicou.
Ainda de acordo com a secretária, o lançamento do programa busca diminuir as dificuldades enfrentadas pelos pais nesta época do ano. "No ano passado, alguns hospitais privados estavam com lista de espera de criança para UTI. É uma situação de aumento de demanda em relação a número de leitos que nem sempre consegue ser aumentado ao nível na necessidade. No ano passado, faltou equipe especializada da pediatria e da UTI pediátrica", salientou.