GUERRA

Israel aprofunda ataques no Líbano e Hezbollah responde com dezenas de foguetes

Os bombardeios atingiram redutos da milícia nos arredores de Baalbek, a cerca de 100 quilômetros da fronteira Israel-Líbano

Ondas de fumaça após o bombardeio israelense na vila de Shihin, no sul do Líbano - Kawnat Haju/AFP

Os bombardeios de Israel contra o Hezbollah atingiram o leste do Líbano pela primeira vez desde o início da guerra em Gaza. Os ataques aéreos desta segunda-feira (26), foram mais longe que qualquer outro recente e se aproximaram da fronteira com a Síria. Em resposta, o grupo apoiado pelo Irã lançou dezenas de foguetes contra as bases israelenses.

O Hezbollah, aliado do grupo terrorista Hamas, troca disparos constantes com Israel, elevando o risco de um conflito mais amplo no Oriente Médio. Esse fogo cruzado, no entanto, estava mais concentrado na fronteira, com exceções pontuais como o ataque israelense que matou o número dois do Hamas Saleh al Aruri perto de Beirute.

Agora, os bombardeios atingiram redutos da milícia nos arredores de Baalbek, a cerca de 100 quilômetros da fronteira Israel-Líbano, e mataram dois integrantes do Hezbollah.

A escalada se segue a declaração do ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, que prometeu intensificar os ataques contra a milícia libanesa, mesmo que seja alcançado um cessar-fogo na Faixa de Gaza.

"Vamos aumentar o fogo no norte separadamente e continuaremos até a retirada total do Hezbollah", disse ele.

De acordo com Tel-Aviv, os ataques aéreos são a resposta à derrubada de um drone israelense com mísseis terra-ar, que foi reivindicada pelo Hezbollah.

A milícia libanesa, por sua vez, disse ter lançado 60 foguetes do tipo Katiusha contra a base militar de Israel nas Colinas de Golã - capturadas da Síria em 1967 -, em retaliação aos ataques no vale de Beca, nos arredores de Baalbek.

Militares israelenses confirmaram que dezenas de foguetes foram lançados do Líbano em direção a Israel na tarde de segunda-feira.