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Yellen diz que crescimento global será maior que previsto e que está alinhada com pautas do Brasil

Secretária de Tesouro americano afirmou que EUA têm sido "motor chave deste desempenho econômico positivo global"

Yellen diz que crescimento global será maior que o previsto - Reprodução/Departamento do Tesouro dos EUA

Em São Paulo, para encontro do G20, a secretária do Tesouro americano, Jenet Yellen, reforçou que a economia global irá crescer mais do que o previsto e disse que os Estados Unidos estão alinhados com as pautas prioritárias do Brasil na presidência do grupo de países, com endereçamento de medidas para combate à pobreza e desigualdade.

Yellen lembrou que o Fundo Monetário Internacional (FMI) projetava uma desaceleração generalizada da economia em 2023 e que isso se concretizou. A projeção mais atual da instituição é de crescimento de 3,1% no PIB global. Ela também destacou o arrefecimento da inflação em cerca de 80% das economias no mundo, mas disse que é preciso monitorar "cuidadosamente os desafios econômicos em certos países".

"Embora existam riscos para nossa perspectiva, o crescimento dos EUA tem consistentemente superado as projeções." disse Yellen "Nós não ficaríamos surpresos se o mesmo (crescimento maior que o previsto) acontecer neste próximo ano. Certamente não estamos esperando uma recessão."

Ela receforçou a queda da inflação mesmo com o mercado de trabalho resiliente, apesar do Federal Reserve (Fed) resistir em uma queda de juros mais acentuada.

Apoio ao Brasil no G20 e acordo para Amazônia
Entre elementos positivos do desempenho econômico americano, ela citou o controle maior da inflação, enquanto o mercado de trabalho dos EUA retorna aos níveis pré-pandemia. Yellen destacou ainda o papel do Brasil e outros países emergentes no desempenho econômico mais forte e acrescentou que está alinhada com as pautas brasileiras no G20.

"Vamos avançar com as prioridades do Brasil para a Presidência do G20 ao longo deste ano, incluindo seu foco em abordar a desigualdade e a pobreza, o que se alinha com nosso trabalho para alcançar pessoas e lugares que foram muitas vezes deixados para trás" afirmou Yellen.

Entre as medidas apoiadas pelos EUA, ela citou os planos do Brasil de criar um fórum para que os países americanos possam sentar nas mesas de internacionais para renegociar dívidas. Um dos pleitos de Haddad para o G20 é justamente a reforma no FMI, para aumentar o peso de países emergentes na instituição.

Entre os temas que Yellen pretende endereçar com o conversas bilaterais com o Brasil, ela citou parcerias para mobilização de recursos a países emergentes voltados parat transição energética. Acrescentou que uma políticas de resiliência para a cadeia energética e citou que tratará, no país, da possibilidade de um acordo bilateral para proteção da Amazônia.

A secretaria participou nesta terça-feira, em São Paulo, de evento da Câmara Americana de Comércio para o Brasil (Amcham). Nesta quarta e quinta-feira, ela participa da primeira reunião de ministros de Finanças e chefes dos Bancos Centrais, que acontece na capital paulista.