SAÚDE

Pacientes colonizadas por superfungo morrem em hospital no Recife

Essas foras as primeiras mortes no Estado este ano. SES-PE ressalta que não há relação dos óbitos com a C. auris

Hospital Getúlio Vargas - Rafael FurtadoArquivo/Folha de Pernambuco

Três pacientes, de 44, 75 e 77 anos, que estavam colonizadas pelo superfungo Candida auris morreram no Hospital Getúlio Vargas (HGV), localizado no bairro do Cordeiro, na Zona Oeste do Recife. É importante ressaltar que os óbitos não aconteceram por causa do fungo, mas por conta de outras doenças. Essas foram as primeiras mortes de pacientes com o superfungo este ano no Estado.

"[As pacientes] vieram a óbito por complicações relacionadas a outras doenças de base, e não por Candida auris", reforça a SES-PE.

As confirmações das mortes aconteceram entre o último sábado (24) e essa quarta-feira (28).

Em 2023, Pernambuco registrou 14 casos de pacientes colonizados pelo C. auris. Entre os diagnosticados com o superfungo, quatro morreram. 

Por causa dos óbitos, o Hospital Getúlio Vargas intensificou a execução de protocolos de segurança pela Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH), reforçando medidas de limpeza e isolamento da área em que duas pacientes da unidade estavam internadas e que positivaram para o fungo Candida auris.

Superfungo Candida auris, em imagem microscópica (Foto: Science Photo Library)

A Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa) presta apoio técnico ao HGV e reforçou as medidas sanitárias necessárias. 

"De acordo com a Apevisa, foram colhidas amostras de material biológico de outras 13 pessoas que estiveram no mesmo ambiente das duas pacientes afetadas pelo fungo", disse a SES-PE, acrescentando que todas as amostras foram encaminhadas para o Laboratório Central de Saúde Pública de Pernambuco (Lacen/PE), onde estão sendo realizados exames de testagem.

Diretora da Apevisa, Karla Baêta explica que os resultados das 13 amostras coletadas e enviadas ao Lacen-PE devem sair na próxima segunda-feira (4). 

"O hospital desde a confirmação do primeiro caso já adotou todas as medidas previstas, incluindo a intensifação dos procedimentos de limpeza e desinfecção dos ambientes hospitalares e também o isolamento das áreas onde as pacientes estiveram", detalha.

O hospital continua funcionando e, a depender dos resultados dos exames, as áreas podem ser liberadas já nesta segunda-feira. "Não há orientação de fechar toda a unidade, apenas os locais onde as pacientes estiveram, que estão em monitoramento", completa Karla Baêta.