BRASIL

PSOL quer que STF investigue idas de Zema e Nikolas Ferreira a ato de Bolsonaro na Paulista

Ex-presidente da sigla, Sara Azevedo afirma que recursos foram utilizados para o deslocamento do governador de Minas e do deputado federal

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), e o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) no ato do ex-presidente Jair Bolsonaro na Avenida Paulista - Reprodução/Redes Sociais

A ex-presidente do diretório estadual do PSOL em Minas Gerais, Sara Azevedo, acionou o Supremo Tribunal Federal (STF) nesta terça-feira para que a Corte investigue as idas do governador do estado, Romeu Zema (Novo), e do deputado federal Nikolas Ferreira (PL) ao ato de apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na Avenida Paulista no último domingo. Segundo Azevedo, há suspeitas de que os políticos teriam usado recursos públicos para se deslocar até o local da manifestação, que ocorreu em São Paulo.

De acordo com a petição inicial, a ex-presidente do PSOL solicita que o Supremo se debruce sobre as passagens áreas, carros oficiais e usos de seguranças públicos por parte de Zema e Nikolas. Sara Azevedo diz ter tomado conhecimento de relatos e denúncias neste sentido.

Neste contexto, alega que os dois políticos teriam cometido o crime de peculato, que consiste na apropriação de dinheiro ou bens públicos por parte de um funcionário do estado, e emprego irregular de verbas públicas.

 

"Ao utilizarem recursos públicos para participarem de protesto político-partidário, em especial protesto que confronta as instituições públicas e o Regime Democrático, os noticiados incorreram no crime de peculato, em sua forma consumada", diz trecho do documento protocolado na mais alta Corte do país.

Sara Azevedo solicitou ainda que o processo fosse distribuído ao ministro Alexandre Moraes, por ser o relator do inquérito que investiga os ataques golpistas do 8 de janeiro. No entanto, a relatoria foi distribuída ao ministro Nunes Marques.

O Globo entrou em contato com as assessorias de Romeu Zema e Nikolas Ferreira. A reportagem será atualizada em caso de manifestação.