EUA criticam "campanha de abusos" de Cuba contra dissidente
Foi condenada a 20 anos, que cumpriu parcialmente, após ser libertada por motivo de saúde
O chefe da diplomacia americana, Antony Blinken, criticou Cuba pelo que chamou de “campanha de prisões e abusos” contra a dissidente Martha Beatriz Roque Cabello, uma das homenageadas nesta segunda-feira (4) com o prêmio Mulheres de Coragem.
“Há alguém que não pôde nos acompanhar hoje, Martha Beatriz Roque Cabello, uma firme defensora dos direitos humanos em Cuba”, disse Blinken, que estava acompanhado da primeira-dama americana, Jill Biden.
Em mais de quatro décadas, Martha fundou e dirigiu várias organizações de defesa dos direitos humanos e da democracia. Ela foi a única mulher entre as 75 pessoas presas na Primavera Negra de 2003.
Foi condenada a 20 anos, que cumpriu parcialmente, após ser libertada por motivo de saúde.
Depois disso, Martha manteve contato com presos políticos, documentou “audiências judiciais fraudulentas” e prestou “apoio substancial a ativistas e às suas famílias”, ressaltou o Departamento de Estado. Em consequência, “foi alvo de perseguição do governo cubano, que a monitorou diariamente por décadas".
Segundo Blinken, “autoridades cubanas submeteram Martha a uma longa campanha de prisões e abusos, incluindo uma proibição de viajar para o exterior". Martha não pode “estar conosco hoje pessoalmente, mas queremos que saiba que estamos com ela todos os dias".