Aal cita falta de equilíbrio emocional ao time e minimiza pressão no cargo após tropeço
Náutico perdeu por 1x0 para o River-PI, nos Aflitos, pela Copa do Nordeste, e segue sem vencer como mandante no torneio
Dias após comemorar a classificação à semifinal do Campeonato Pernambucano, derrotando o Afogados por 2x0, nos Aflitos, o Náutico viveu o outro lado da moeda. No mesmo estádio e novamente com o apoio da torcida, o Timbu foi derrotado por 1x0 para o River-PI, pela Copa do Nordeste. O resultado manteve o tabu de nunca ter vencido os piauienses na história, além do jejum recente de conquistas como mandante no torneio regional. Cenário que também aumentou a pressão no trabalho do técnico Allan Aal. Mas nada que tire o sono do comandante.
“O fato de o trabalho estar em xeque é coisa do futebol. O ‘simplista’ analisa que é só trocar uma peça ali ou aqui que resolve o problema. Nós, que vivemos do futebol, sabemos que as coisas vão um pouco além disso”, citou, analisando o desempenho da equipe e questionando o que chamou de “falta de equilíbrio emocional”.
“Tivemos 15, 20 minutos de bom futebol no primeiro tempo. Depois, achamos que poderíamos controlar o jogo com uma intensidade mais baixa, muito moroso. Tecnicamente, não fomos bem e, consequentemente, você desorganiza e cria espaço para o adversário. Poderíamos ter aberto o placar e aproveitado melhor as oportunidades que criamos”, apontou.
“Faltou um pouco mais de equilíbrio emocional. Saber que o adversário vem aqui jogar contra a gente com linha baixa, quebrando o ritmo da partida, tirando do centro do jogo. Por outro lado, hoje não estivemos próximos do nosso desempenho em termos de competitividade. Rotação baixa, postura desorganizada nos momentos de pressão na saída de bola do adversário. Perdemos muitos duelos individuais ofensivos e defensivos. Isso acabou custando os três pontos”, completou.
O Náutico não terá muito tempo a lamentar. No domingo (10), também nos Aflitos, o time volta a campo para encarar o Retrô, pelo jogo de ida da semifinal do Estadual.“Quando perde, tem a possibilidade de correção. É natural a cobrança, o descontentamento, mas isso não podemos absorver. Temos de seguir em frente porque temos uma semifinal no domingo e sabemos que será um jogo difícil”, finalizou.