Rio de Janeiro

Sequestro de ônibus na Rodoviária do Rio: acusado é transferido para presídio

Paulo Sérgio de Lima passará por uma audiência de custódia

Momento em que o sequestrador foi preso pelos policiais do Bope - Reprodução/TV Globo

Preso por sequestrar um ônibus na Rodoviária Novo Rio, na região central carioca, manter 16 pessoas reféns e balear duas — uma delas segue internada em estado crítico —, Paulo Sérgio de Lima deixou a 4ª DP (Praça da República) nesta quarta-feira. Ele passou por exames no Instituto Médico-Legal (IML) e foi transferido para a Cadeia Pública José Frederico Marquem, em Benfica, na Zona Norte, onde passará por uma audiência de custódia.

“Minha tarde foi interrompida pelos policiais. Me atrapalharam os policiais. Quatro civis disfarçados atrapalharam a minha viagem”, disse Paulo Sérgio ao deixar a delegacia, segundo o g1.

Paulo Sérgio manteve os passageiros reféns por quase três horas. Agentes do Batalhão de Operações Especiais (Bope) negociaram a rendição dele. Após ser preso, o criminoso disse aos policiais que sacou a arma por achar que um dos passageiros era um policial à paisana.

O acusado deu pelo menos quatro tiros. Uma pessoa que estava na rodoviária foi atingida por estilhaços. Já o petroleiro Bruno Lima da Costa Soares ficou com três perfurações no corpo. Ele foi operado no Hospital municipal Souza Aguiar, no Centro, e depois transferido para o Instituto Nacional de Cardiologia (INC), em Laranjeiras, na Zona Sul. Bruno está no CTI, com uma bala alojada perto do coração.

Reconhecido por outras vítimas
Após ser preso, Paulo Sérgio foi reconhecido por vítimas de outro crime que teria cometido no último domingo. Dois homens procuraram a 4ª DP (Praça da República) para prestar queixa contra ele depois de verem imagens do sequestro do ônibus.

Os depoimentos ajudaram a polícia a entender os motivos pelos quais o criminoso estava nervoso ao tentar seguir viagem para Juiz de Fora, em Minas Gerais, e a iniciativa de atirar, ao pensar que um passageiro se tratava de um policial.

Segundo o delegado Mário de Andrade, à frente da 4ª DP, os dois homens afirmaram terem sido assaltados por Paulo Sérgio dois dias antes do sequestro do ônibus. Eles estavam numa van, que fazia o trajeto Tijuquinha x Gávea, quando foram surpreendidos pelo anúncio de um assalto. O criminoso estava armado. Entre os pertences, Paulo Sérgio roubou um cordão de ouro, peça que usava no momento do sequestro.

Quando a van passava pela Rocinha, Paulo ele desceu em um dos acessos à comunidade. Algumas vítimas, no entanto, o seguiram. Ao se depararem com traficantes locais, pediram ajuda para conter o criminoso. Paulo atirou. Um dos traficantes teria sido atingido por estilhaços. O sequestrador, então, decidiu se esconder em Minas Gerais.