Baleado em sequestro de ônibus na Rodoviária do Rio não deve passar por nova cirurgia
Um dos tiros atingiu Bruno Lima da Costa, de 34 anos, próximo ao coração. O projétil se deslocou e não há previsão de uma nova intervenção. Ele segue em estado crítico, mas estável
Bruno Lima da Costa, de 34 anos, baleado durante o sequestro do ônibus na Rodoviária do Rio na última terça-feira (12), segue em estado crítico, mas estável. Ele foi transferido, na noite de quarta-feira, do Instituto Nacional de Cardiologia (INC), em Laranjeiras, onde estava no CTI, para o Hospital Samaritano, em Botafogo, na Zona Sul. Ele está estabilizado e segue com tratamento intensivo. Uma nova avaliação será feita sobre a necessidade de uma segunda cirurgia. Inicialmente no coração, a bala se deslocou para o sistema venoso, segundo informações da TV Globo.
Em comunicado divulgado pelo INC consta que a equipe médica da unidade avaliou que Bruno não precisará de intervenção cardíaca. A transferência para o Hospital Samaritano, onde o tratamento continua, foi autorizado pelo corpo médico do instituto e pela família.
Bruno foi atingido por tiros no coração, no baço e no pulmão. Na terça-feira, logo após ser baleado no ônibus que tinha como destino Juiz de Fora, em Minas Gerais, ele foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros e levado para o Hospital municipal Souza Aguiar, no Centro, onde passou por uma cirurgia. Na noite do mesmo dia ele foi transferido para o INC por conta da possibilidade de ser necessária uma nova cirurgia naquele momento.
O paciente tinha o projétil "instalado no tórax, próximo ao coração" e era assistido por uma equipe multidisciplinar, composta por cirurgiões cardíacos e de tórax, equipes dos métodos de imagem e médicos intensivistas.
Bruno, que é funcionário da Petrobras, foi confundido com um policial à paisana pelo sequestrador, Paulo Sérgio Lima, de 29 anos. O criminoso efetuou os disparos contra o passageiro quando o ônibus de viagem em que estavam apresentou uma pane no sistema. Paulo Sérgio fugia do Rio de Janeiro após desentendimentos com traficantes da Rocinha, na Zona Sul da cidade. Quando o coletivo, antes de deixar a rodoviária, teve a viagem interrompida, ele pensou estar sendo seguido, efetuando os disparos e dando início ao sequestro que durou cerca de três horas.