Guerra na Ucrânia é assunto "existencial para nossa Europa e a França", diz Macron
Em fevereiro, o presidente francês provocou polêmica dentro e fora do país ao não descartar o envio de tropas para a Ucrânia
O presidente francês, Emmanuel Macron, alertou, nesta quinta-feira (14), que o conflito na Ucrânia representa uma ameaça "existencial" para a Europa e reiterou que "a Rússia não pode e não deve vencer a guerra".
"Nunca passaremos à ofensiva, nunca tomaremos a iniciativa" de combater a Rússia, mas não se deve "descartar opções", acrescentou Macron durante uma entrevista às emissoras France 2 e TF1.
Em fevereiro, o presidente francês provocou polêmica dentro e fora do país ao não descartar o envio de tropas para a Ucrânia, uma opção repudiada pela maioria dos franceses, segundo pesquisas.
Para esclarecer sua posição, o chefe de Estado da única potência nuclear da União Europeia (UE) aceitou dar uma entrevista à TV em horário nobre.
Se a Rússia do presidente Vladimir Putin "vencer a guerra", "não teremos mais segurança" na Europa e a "credibilidade" do continente "será reduzida a zero", acrescentou.
Por isso, diante da "escalada" de Moscou, os ocidentais "devemos dizer que estamos dispostos a responder", assegurou o presidente.
"Se a situação se degradar, estaremos prontos [...] para que a Rússia não ganhe nunca" na Ucrânia, sentenciou.
Em fevereiro de 2022, a Rússia lançou uma invasão da Ucrânia e, após vários revezes, conseguiu recuperar a iniciativa nas últimas semanas, em parte devido à falta de impulso da ajuda ocidental a Kiev.
Putin apresenta o conflito como uma guerra contra as potências ocidentais, na qual a Rússia joga sua sobrevivência.
A guerra na Ucrânia será o tema central da reunião prevista para sexta-feira, em Berlim, entre Macron e os chefes de governo da Alemanha, Olaf Scholz, e da Polônia, Donald Tusk.