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Saiba quem é Gutemberg Reis, indiciado pela PF junto com Bolsonaro por fraude em cartão de vacina

Parlamentar tem reduto eleitoral em Duque de Caxias, cidade visitada pelo senador Flávio Bolsonaro, filho do ex-presidente, nesta segunda-feira (18)

Gutemberg Reis em foto de 2021, mostrando a aplicação da vacina - Reprodução

Entre os nomes dos indiciados pela Polícia Federal nesta terça-feira (19) no inquérito que investiga uma suporte fraude do cartão de vacinação de Jair Bolsonaro está o deputado federal Gutemberg Reis (MDB-RJ). Segundo as investigações, ele teria sido um dos beneficiados do esquema criminoso, também com a inclusão dados de uma possível falsa imunização em seus registros.

Gutemberg estava em Brasília no dia 16 de junho de 2022, data em que sua primeira dose do imunizante teria sido lançada no ConectSus, sistema do Ministério da Saúde. As informações teriam sido incluídas no 18 de novembro de 2022.

O político, deputado federal dede 2019, é irmão do ex-prefeito de Duque de Caxias, Washington Reis (MDB). A prefeitura é o epicentro da investigação da Polícia Federal (PF) por inclusão de dados falsos em comprovantes de vacinação.

De acordo com a PF, o SI-PNI foi usado de forma fraudulenta em dezembro de 2022 pelo secretário municipal de Governo de Duque de Caxias, João Carlos de Sousa Brecha, para incluir dados falsos de vacinação de Bolsonaro, de Mauro Cid e familiares de ambos, além outros assessores do ex-presidente.

No ano anterior, a mulher de Mauro Cid, Gabriela, obteve um comprovante fraudulento de imunização da mesma forma, segundo a PF. O caso é analisado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Na Justiça estadual, a Prefeitura de Duque de Caxias foi alvo de um mandado de segurança, em 2021, para que informasse os nomes das pessoas vacinadas que constavam no SI-PNI. No entanto, só disponibilizou os dados ao MP em fevereiro deste ano, em planilhas de Excel. Uma análise preliminar mostrou discrepâncias relevantes entre as quantidades de doses recebidas e aplicadas pelo município. O Grupo de Apoio Técnico Especializado (GATE) do MP fará a análise das planilhas para verificar se os dados enviados pela prefeitura são confiáveis.