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Enel desiste de vender sua subsidiária na Argentina, em voto de confiança no governo Milei

Empresa italiana de energia é a primeira grande multinacional a rever seus planos no país. Porta-voz do grupo cita promessa do presidente de desregulamentar o setor

Javier Milei - Juan Mabromata/AFP

A gigante italiana de energia Enel SpA confirmou que suspendeu a venda de sua subsidiária de distribuição de energia Edesur na Argentina. A empresa avalia que as medidas do presidente Javier Milei para liberalizar o setor de energia do país terão efeitos positivos, de acordo com uma porta-voz da empresa.

Integrantes da diretoria da Enel, incluindo o CEO Flavio Cattaneo, reuniram-se com o chefe de gabinete Nicolas Posse e o ministro da Economia, Luis Caputo, na segunda-feira em Buenos Aires. Após a reunião, elogiaram a estratégia de Milei, que assumiu o cargo em 10 de dezembro, de desregulamentar o setor de energia da Argentina.

A Enel é a primeira grande multinacional a mudar sua estratégia na Argentina, principalmente devido ao plano econômico de ''terapia de choque'' de Milei.

A empresa já havia vendido duas subsidiárias antes de decidir adiar a venda da Edesur, uma vez que o presidente argentino prometeu eliminar os generosos subsídios e controles de preços que resultaram em prejuízos para a empresa.

O apoio da Enel à abordagem pró-mercado de Milei ocorre dias depois que o Senado argentino votou pela anulação de seu decreto de dezembro que desregulamenta o setor energético do país, entre outras medidas.

O decreto continua em vigor até que a câmara baixa do Congresso vote o tema, o que ainda não tem data definida. Milei também retirou seu principal projeto de reformas da legislatura quando os parlamentares começaram a votá-lo artigo por artigo, aumentando as preocupações dos investidores sobre sua estratégia legislativa.

O apoio da Enel à abordagem pró-mercado de Milei ocorre dias depois que o Senado argentino votar pela anulação de seu decreto de dezembro que desregulamenta aspectos do setor energético do país, entre outras medidas.

O decreto continua em vigor até que a câmara baixa do Congresso vote sobre ele, o que ainda não tem data definida. Milei também retirou seu principal projeto de reformas da legislatura quando os parlamentares começaram a votá-lo artigo por artigo, aumentando as preocupações dos investidores sobre sua estratégia legislativa.