Haiti

EUA não descarta envio de forças ao Haiti como parte de "solução internacional"

O Haiti, que já sofria uma profunda crise política e de segurança, está mergulhado em um novo episódio de violência

Bandeira do Haiti - pixabay

A titular do Comando Sul dos Estados Unidos, general Laura Richardson, não descartou, nesta terça-feira (19), o envio de forças ao Haiti como parte de "uma solução internacional" para fazer frente à espiral de violência no país caribenho.

"Acredito que uma solução internacional, uma solução que também inclua a perspectiva do Haiti, é muito importante. Por isso não acredito que uma solução exclusiva dos Estados Unidos seja o caminho que devemos seguir", afirmou a general durante um evento no grupo de reflexão americano Atlantic Council em Washington.

O governo do presidente Joe Biden tenta "fazer exatamente isso: trabalhar em uma solução internacional", acrescentou.

Aos ser questionada se as forças americanas poderiam ser parte da solução internacional, Richardson respondeu: "Poderiam ser no fim das contas, não descartaríamos isso em nenhum momento", levando em consideração "o que está acontecendo nesse país".

"Estamos preparados se nos for solicitado por nossos Departamentos de Estado e de Defesa", acrescentou.

O Quênia prometeu o envio de policiais para liderar uma missão internacional de segurança supervisionada pela ONU, mas o suspendeu até que se forme um conselho presidencial de transição, que dirigirá o país após a renúncia do questionado primeiro-ministro Ariel Henry.

O Haiti, que já sofria uma profunda crise política e de segurança, está mergulhado em um novo episódio de violência desde o início deste mês, quando diversas facções que controlam partes de Porto Príncipe uniram forças para atacar lugares estratégicos da capital.

A grave crise humanitária gera o temor de uma onda maciça de migrantes.

Segundo Richardson, o Comando Sul, que cobre os países da América Latina exceto o México, também tem "uma ampla gama de planos de contingência" que vai sendo atualizada para fazer frente a uma possível migração em massa.

"Estamos sempre preparados para isso", declarou.