Futebol

Robson Reis explica lance que salvou o Náutico de eliminação diante do Retrô

Zagueiro tirou uma bola praticamente em cima da linha em chute de Mascote, no fim da partida, mantendo o 1x0 que, posteriormente, fez o Timbu derrotar a Fênix nas penalidades

Robson Reis, zagueiro do Náutico - Gabriel França/CNC

Robson Reis marcou duas vezes pelo Náutico diante do Retrô, no último domingo (17), na Arena de Pernambuco, pela semifinal do Campeonato Pernambucano. Um deles na cobrança de pênaltis, ajudando o Timbu a avançar até a decisão. Mas o mais importante veio antes. Não foi literalmente um gol, mas teve peso igual. Ao salvar uma finalização de Mascote quase em cima da linha, em lance que poderia ter sacramentando a desclassificação alvirrubra, o defensor virou o herói da noite.



Explicar tudo o que aconteceu desde o lançamento para Mascote até a conclusão do lance com desfecho positivo para o Náutico foi difícil para o protagonista da história. Um enredo com muitas reviravoltas. 
“Eu segui meu instinto. Nem sei o que fiz ali. Deus me honrou naquele momento. Quando lançaram a bola, eu pensei: ‘não vou desistir, vou até o final’. Deus honrou meu comprometimento. Cheguei no lance da bola e falei ‘seja o que Deus quiser’. Tentei fazer alguma coisa, mas era muito difícil tirar a bola”, contou. 

“Consegui induzir ele a fazer o que eu queria, que era tentar chutar no lado direito dele. Quando virei o corpo, ele achou que eu estava vendido. Quando ele fez a alavanca do pé, eu estiquei a perna. A bola pegou no meu pé e o mais incrível de tudo é que a bola sobe. Quando caio no chão, não consigo ver se ela ia entrar ou sair. Para mim, ia entrar. Quando vi, bateu na rede pelo lado de fora, mas achei que tinha sido gol porque vi a rede balançar. Passou uns três segundos até eu vibrar, escutando depois Vagner gritando ‘boa, boa’. Foi Deus”, afirmou. 

Antes de pensar na final do Pernambucano, contra o Sport, Robson foca na Copa do Nordeste, no compromisso do Timbu diante do…Sport, quarta (20), na Arena de Pernambuco. O clássico, porém, será pela sexta rodada do torneio regional. Um “aperitivo” do que pode acontecer no futuro nos embates que valerão o título estadual. 

“Agora é hora de virar a chave. Temos um clássico contra o Sport, sem torcida, um jogo atípico. Mas clássico não se joga, se ganha. Podemos conhecer melhor os outros atletas, sabendo mais o que eles podem fazer. O lado ruim é que eles também podem saber mais da gente. É um jogo que vale muito para gente. Não estamos satisfeitos apenas em estar na final do Pernambucano. Queremos ir mais longe na Copa do Nordeste, buscando a classificação para tentar chegar em outra final”, declarou.