Cabo de Santo Agostinho recebe 1° Encontro de Juremeiros para combater o preconceito e o racismo
Ação acontece nesta quinta-feira (21), em comemoração ao Dia Internacional contra a discriminação racial
Nesta quinta-feira (21), no Dia Internacional contra a discriminação racial, acontece o 1° Encontro de Juremeiros, no Cabo de Santo de Agostinho, Região Metropolitana do Recife (RMR).
O ato, que tem o objetivo de combater o preconceito e o racismo, ocorre em frente ao Palácio da Cultura, localizado na Praça Ministro André Cavalcanti, centro da cidade.
A iniciativa é promovida pela Organização de Juremeiros de Pernambuco, que é um grupo novo que está sendo formado para lutar pelos povos de Umbanda e do Candomblé. O ato também visa combater a intolerância religiosa. O objetivo é instituir o Dia do Candomblé no Cabo. A justificativa do grupo é a existência de outras comemorações do tipo, como o Dia da Bíblia e o Dia Municipal da Reforma Protestante e Ação de Graças.
“Ano passado, no dia 21 de março, foi instituído no Brasil o Dia Nacional das Tradições Africanas do Candomblé e, nós queremos que esse dia também entre no calendário da nossa cidade, pois os evangélicos e católicos também têm seus dias nas agendas do município”, observou o juremeiro Josemar Oliveira.
Vale ressaltar que essa não é a primeira ação do tipo no município. No dia 15 de abril de 2023, representantes dos povos de Terreiros do Cabo de Santo Agostinho realizaram um ato para protestar contra o vandalismo sofrido no dia 25 de março pelo terreiro Casa de Axé do Mestre Manoel Quebra Pedra, situado no Loteamento Cidade Garapu. O ponto foi invadido e depredado e o pai de santo fechou a casa e mudou de lugar.
Até hoje, segundo o grupo, não há investigação sobre quem cometeu o crime. “Vai completar um ano e a polícia nunca deu resposta para o crime que destruiu a nossa casa”, desabafou o juremeiro Manuel Jeferson.
Exposição
Além do ato, o Palácio da Cultura está recebendo uma exposição com elementos da Jurema Sagrada. A tradição religiosa nordestina foi iniciada com os povos originários das regiões Norte e Nordeste do Brasil, e sofreu influências de variadas origens, da feitiçaria, pajelança, entre outras manifestações culturais.
A exposição iniciou no dia 18 de março e segue até a sexta-feira (22). O público pode acessá-la das 9h às 17h.