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Semana Santa: procissões do Encerro e dos Passos da Paixão abrem calendário da quaresma em Olinda

Rituais são tradição na cidade desde 1773

Procissão do Encerro, em Olinda - Clécio Bernardo/Reprodução

Acontecem, nesta quinta (21) e sexta-feira (22), as Procissões do Encerro e dos Passos da Paixão, em Olinda. A ação é realizada pela gestão municipal, através da Secretaria de Patrimônio, junto à Arquidiocese de Olinda e Recife. As cerimônias são tradicionais na cidade desde 1773.

A Procissão do Encerro terá início na quinta (21), às 20h, na Igreja do Carmo, com missa presidida pelo frei Alberto. Na sequência, os fieis seguem para a catedral da Sé. Já a Procissão dos Passos está marcada para a sexta (22), às 17h, na Igreja da Sé, com o Padre Renato Matheus, fazendo a rota inversa, rumo ao Carmo.

O cortejo tipifica o refúgio de Jesus Cristo quando ele subiu o monte para orar, junto com os discípulos Pedro, Tiago e João, já ciente que Judas o trairia e o entregaria aos malfeitores. Por isso, a imagem do Salvador vem coberta com um pano roxo.

"A Procissão se destaca pelo charme das ladeiras, que relembram o caminho de Cristo ao calvário e por ter semelhança com a cidade de Jerusalém. Será o encontro de Maria e seu filho Jesus. Tragam suas famílias, vamos vivenciar os passos de Jesus e nos preparar para a quaresma", disse Marcos Sales, membro da diretoria da cerimônia.

A Procissão dos Passos relembra a via crucis, ou seja, os passos do filho de Deus até chegar ao monte Calvário, onde foi crucificado, relembrando o Horto das Oliveiras, a prisão, o flagelo, a coroação de espinhos, a sentença de Jesus, o encontro com Nossa Senhora e o Calvário.

“Jesus é condenado à morte e percorre as ruas de Jerusalém até sua crucificação. De modo muito especial, as ladeiras de Olinda, os seus becos e ruas estreitas até lembram um pouco aquela Jerusalém. Teremos um momento muito especial, que é o encontro de Jesus com Maria, que ficou marcado na história quando Dom Helder proferia seus sermões polêmicos em defesa da democracia e dos mais humildes em plena ditadura militar”, acrescentou Bartolomeu Junior, provedor da Irmandade dos Passos de Olinda.