Mercado financeiro vê PIB de 2024 em torno de 1,78% e tem crença quase nula em déficit zero
Pesquisa Genial/Quaest ouviu gestores e economistas de fundos de investimento sobre desempenho do governo e rumos da economia
A maioria dos operadores do mercado financeiro (58%) acha que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano fique dentro das expectativas, em 1,78%.
Cerca de um terço (32%) espera que a economia brasileira cresça mais do que essa taxa. Já os pessimistas, que calculam um crescimento menor, são minoria: 10%.
Os dados fazem parte da nova rodada de pesquisas da Genial/Quaest. Os pesquisadores entrevistaram 101 pessoas com fundos de investimento com sede no Rio e São Paulo, entre os dias 14 e 19 de março. O público-alvo da pesquisa são gestores, economistas, analistas, tomadores de decisão do mercado financeiro.
Quando perguntados sobre qual é o maior risco para o governo Lula, metade (50%) responde "intervencionismo na economia". Para 23%, a ameaça é o estouro da meta fiscal, e, para 19%, perda da popularidade do presidente. Baixo crescimento (3%), cenário externo (2%), confronto com o Congresso (2%) e volta da inflação (1%) foram outras respostas.
A alta dos preços, aliás, foi ponto de outra sondagem. Os pesquisadores perguntaram aos operadores se eles veem o goveno Lula preocupado com o controle da inflação. 51% respondeu que sim, e 49%, que não.
Apesar disso, 19% deles acreditam que a inflação de 2024 será maior que a de 2023, quando o Brasil encerrou o ano com a taxa acumulada em 4,62%. Para 36%, o índice será semelhante ao do ano passado, e para 46% ele será menor.
A crença na promessa do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de que o governo vai conseguir zerar o déficit este ano é quase nula. Isso porque 99% acreditam que a meta não será alcançada.