Wall Street fecha com recordes depois de Fed manter previsão de cortes nos juros
O mercado se concentrou no fim da reunião de política monetária do Federal Reserve
A bolsa de Nova York comemorou com recordes nesta quarta-feira (20) a decisão do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) de manter a previsão de reduzir três vezes sua taxa de juros de referência este ano, embora tenha mantido as taxas altas e sem mudanças.
Os três índices fecharam com recordes após um ganho de 1,03% para o Dow Jones, que encerrou em 39.512,13 pontos; de 1,25% para o Nasdaq, que ficou em 16.369,41 unidades, e de 0,89% para o S&P 500, que subiu para 5.224,62.
O mercado se concentrou no fim da reunião de política monetária do Federal Reserve e no discurso de seu presidente, Jerome Powell.
O Fed surpreendeu os mercados. Os operadores temiam que, com o pequeno avanço da inflação este ano, o banco central decidisse fazer menos cortes nas taxas de juros.
Mas o Fed, que manteve nesta quarta-feira sua taxa de juros de referência em uma faixa de 5,25-5,50%, informou que mantém a expectativa de realizar três cortes no ano (0,75 pontos percentuais).
Além disso, o organismo não prevê mudanças na projeção para as taxas de juros até o final de 2024, que espera em uma faixa de 4,50-4,75%.
Para Ryan Sweet, da Oxford Economics, ainda há uma "grande incerteza" sobre a evolução das taxas de juros no próximo ano, após as eleições presidenciais.
Após esses anúncios do Fed, as gigantes tecnológicas, muito sensíveis às variações das taxas por serem empresas muito exigentes de capital para seu desenvolvimento, ganharam terreno. Amazon (+1,28%), Meta (+1,87%), Apple (+1,47%) e Alphabet (+1,19%) tiveram valorizações.
A Intel, por sua vez, ganhou 0,36% depois que a Casa Branca apresentou nesta quarta-feira um conjunto de ajudas e subsídios de quase US$ 20 bilhões (R$ 100 bilhões) para que a empresa aumente sua produção de microchips.
A Paramount Global (CBS) viu sua cotação disparar 11,80% para 12,51 dólares depois que o grupo de entretenimento Apollo Global Management propôs comprar seu estúdio de Hollywood por US$ 11 bilhões (R$ 55 bilhões), segundo o The Wall Street Journal.