Futebol

Reforços aumentam leque de opções do Náutico para reta final do Nordestão

Estreias de Sousa e Cléo foram elogiadas pelo técnico Allan Aal, aumentando a chance de a dupla seguir no time titular do Timbu

Sousa comemora gol pelo Náutico - Gabriel França/CNC

Mesmo com poucos dias de treino e uma regularização que saiu na véspera do Clássico dos Clássicos diante do Sport, na Arena de Pernambuco, pela Copa do Nordeste, o volante Sousa e o atacante Cléo Silva já estrearam com a camisa alvirrubra. Titulares no empate em 2x2 com o Leão, a dupla ganhou elogios do técnico Allan Aal e pode seguir na equipe principal para os duelos pela reta final da primeira fase do torneio.



“Foi uma necessidade latente”, disse Aal, ao iniciar o discurso do motivo que o levou a utilizar a dupla mesmo com pouco tempo de trabalho no clube. “Perdemos Lorran por lesão. Tínhamos Marco Antônio, Marcos Júnior e Lessa como opções, além de Samuel, da base, mas que não jogou. Sousa vinha jogando, com característica de um confronto defensivo no um contra um que não tínhamos. Deu uma sustentação boa, com uma perna esquerda de qualidade e rendeu até mais do que esperávamos. Já Cléo tem velocidade, experiência e pode render mais ainda. Fez uma boa estreia. São situações que vamos encorpando o elenco”, afirmou.

Apresentados nesta quinta (21), Cléo e Sousa destacaram a estreia no clássico. “A gente vinha em atividade, então não foi surpresa. Sabíamos da importância do jogo e, mesmo não tendo treinado com o grupo como deveríamos, estávamos preparados para fazer as ações da melhor maneira possível”, explicou o atacante.

Sousa teve uma contribuição ainda mais importante, marcando o primeiro gol do Náutico no jogo. “Fiquei feliz pela estreia e pelo primeiro gol com a camisa do Náutico. É uma felicidade imensa vestir essa camisa e representar o grupo. Não foi o resultado que a gente queria, mas o sentimento é de gratidão pelo jogo”, citou, indicando que, mesmo atuando de forma mais recuada, também pode ajudar ofensivamente. 

“O volante se tornou uma peça com essa característica. Lá atrás, tinha o primeiro volante que não saia tanto. Mas o futebol evoluiu muito e, coletivamente, temos que ajudar. Senti no lance que dava para fazer a marcação sob pressão e, quando o passe saiu errado, consegui recuperar”, declarou. 

Gols não são a principal característica de Sousa, mas ele carrega o nome de um craque goleador: o holandês Marco Van Basten, melhor do mundo em 1992. No caso, o do paraibano é “Van Basty”. 

“Até pelo sotaque, acho que deu uma desavença no cartório (risos). Meu pai nunca me explicou se foi ele que quis desta forma (com y no final). Ele disse que foi por conta do Van Basten, o holandês. Só que eu fui para trás (volante) e ele jogava lá na frente. Ele foi multicampeão, melhor jogador do mundo. Meu pai sempre gostou muito de futebol e botou esse nome”, completou. 

Mais peças

Em breve, o Náutico também pode contar com mais duas peças para encorpar o elenco. O meia Thiago Lopes e o atacante Gustavo Maia já estão trabalhando no clube, mas levarão um pouco mais de tempo para estrear.