REALEZA

Kate Middleton: especialistas apontam os possíveis tipos de câncer que a princesa enfrenta

A esposa do príncipe William, do Reino Unido, anunciou que foi descoberto um câncer na cirurgia que realizou em janeiro

Em vídeo publicado nas redes sociais, Kate Middleton, anunciou que está em tratamento contra o câncer - Reprodução

O anúncio de que a princesa de Gales, Kate Middleton, foi diagnosticada com câncer gerou uma comoção. Embora ela não tenha relatado qual o tipo de câncer que enfrenta, especialistas levantam algumas possibilidades.

Há alguns fatores que ajudam a ter opções mais prováveis, como a idade, o sexo, e, principalmente, o fato do câncer ter sido descoberto na cirurgia abdominal realizada em janeiro.

— A gente faz uma cirurgia quando existe alguma suspeita que alguma coisa possa estar errada. Grande parte dos tumores podem ser diagnosticados antes de uma cirurgia, por exemplo, um tumor de cólon, pode ser diagnosticado pela colonoscopia. Mas tem algumas lesões no peritônio, que a gente tem dificuldade de diagnosticar, então os tumores que ficam na cavidade abdominal, que eventualmente a gente só descobre durante a cirurgia ou só sabe o seu comportamento maligno durante a cirurgia, podem ser os sarcomas, os tumores estromais gastrointestinais e o tumor de ovário — avalia Ricardo Caponero, oncologista e membro do Comitê Científico do Instituto Lado a Lado pela Vida.

De acordo com o médico, o que também pode acontecer é que alguns pacientes têm sintomas abdominais vagos, como uma dor abdominal, uma disfunção intestinal, aí é feita uma cirurgia exploratória na qual acaba sendo encontrado o tumor.

Outra possibilidade, é de tumores descobertos em uma fase chamada “carcinomatose peritoneal”, ou seja, um tumor já disseminado pela cavidade abdominal. Isso pode ocorrer nos tumores de estômago, por exemplo, mas “geralmente a gente tem diagnóstico prévio disso”, diz Caponero.

— Então não dá para fazer uma aposta, mas os sarcomas, que são os tumores de estromal gastrointestinal, podem ser uma boa possibilidade — afirma o oncologista.

 
 
 
 
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Mônica Stiepcich, patologista sênior do Grupo Fleury, levanta as seguintes possibilidades: câncer de intestino e cólon, câncer de ovário, corpo uterino, leiomiossarcoma, câncer de peritônio, eventualmente câncer de estômago, câncer de pâncreas, linfoma e gastrointestinal.

Não há informações conhecidas sobre um histórico de câncer na família de Kate, mas isso não descarta síndromes familiares.

Quimioterapia
Durante o vídeo em que anunciou a doença, a princesa informou que estaria nos estágios iniciais de uma “quimioterapia preventiva”.

— Provavelmente a quimioterapia é adjuvante, isto é, quando feita após a cirurgia. Indica neoplasia operável e a químio seria para evitar recidiva do tumor e evitar que dê metástase ou recorrência local — explica Mônica Stiepcich.

Para Ricardo Caponero, “prevenção é um termo muito vago”, que pode ter sido usado com o objetivo de evitar a progressão, ou até mesmo prevenir da morte.

— Então, a gente não sabe exatamente qual é o contexto desse preventivo. Supostamente, para um tumor que foi diagnosticado na cirurgia, que não se sabia antes que ele é maligno e que se descobriu na cirurgia, deve estar fazendo uma quimioterapia complementar para evitar a recidiva da doença ou para evitar a progressão da doença — diz o oncologista.