Moscou

Itamaraty presta solidariedade à Rússia após atentado em Moscou

Governo não identificou nenhuma vítima brasileira

Incêndio consome o centro comercial Crocus City Hall, nos arredores de Moscou - AFP

O Ministério das Relações Exteriores divulgou nota prestando solidariedade ao povo e governo russo, na noite desta sexta-feira, após o atentado em um centro comercial deixar 40 mortos e cerca de 100 feridos no subúrbio de Moscou. O Itamaraty afirmou não haver notícia de cidadãos brasileiros vítimas do ataque.

“Ao expressar condolências aos familiares das vítimas e o desejo de pronta recuperação aos feridos, o Brasil manifesta sua solidariedade ao povo e ao governo da Rússia e reitera seu firme repúdio a todo e qualquer ato de terrorismo”, escreveu o Itamaraty.

Segundo o Serviço Federal de Segurança russo, um grupo de dois a cinco homens armados invadiu o Crocus City Hall em Krasnogorsk, um subúrbio de Moscou, e atacou a sala de concertos minutos antes de um show.

Após o atentado, um grande incêndio consumiu parte do prédio e os sobreviventes precisaram ser resgatados pelo terraço do complexo, através de escadas e helicópteros.

Os disparos foram relatados pouco antes do show da band Piknik, que se apresentaria em um teatro localizado no centro comercial. O incêndio também foi causado pelos atiradores, que atearam fogo às cadeiras, e as chamas rapidamente se espalharam pela sala de espetáculos e pelo prédio.

Nenhum grupo assumiu a autoria do ataque, mas integrantes do governo russo sugerem a Ucrânia, que nega.

“Se for estabelecido que estes são terroristas do regime de Kiev, é impossível lidar de forma diferente com eles e com os seus inspiradores ideológicos. Todos eles devem ser encontrados e destruídos impiedosamente como terroristas. Incluindo funcionários do Estado que cometeram tal atrocidade”, disse o ex-presidente russo e vice-chefe do Conselho de Segurança, Dmitry Medvedev, no Telegram.

Em entrevista coletiva, em Washington, o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos EUA, John Kirby, afirmou que "não há nenhuma indicação neste momento de que a Ucrânia ou os ucranianos estejam envolvidos num ataque armado".