Partido governista denuncia promotores na Guatemala
Os três promotores, sancionados por corrupção pelos Estados Unidos, "investiram contra as instituições democráticas do país e esses crimes não podem ficar impunes"
O partido governista da Guatemala denunciou criminalmente nesta sexta-feira (22) três promotores que lideraram a perseguição contra a formação e o atual presidente do país, Bernardo Arévalo, uma cruzada que colocou em risco a transição presidencial.
A denúncia foi apresentada à justiça criminal da Cidade da Guatemala pelo deputado Samuel Pérez, líder da bancada suspensa do partido Semilla (Semente), contra os promotores Rafael Curruchiche, Cinthia Monterroso e Leonor Morales, acusados de "rebelião em massa, usurpação de funções por abuso de autoridade e revelação de informação confidencial", informou Pérez.
"Vimos que esse grupo de pessoas liderou uma tentativa de golpe de Estado com suas ações, tentou desconhecer o resultado eleitoral que foi expresso de forma livre e democrática pelo povo da Guatemala", acrescentou o deputado.
Os três promotores, sancionados por corrupção pelos Estados Unidos, "investiram contra as instituições democráticas do país e esses crimes não podem ficar impunes", ressaltou Pérez.
Arévalo venceu com folga as eleições no ano passado, com a promessa de combater a corrupção no país, o que acendeu o alerta entre a classe político-empresarial da Guatemala.
O Semilla foi inabilitado pela Justiça a pedido do Ministério Público, dentro de ações que foram chamadas por Arévalo de tentativa de golpe de Estado para impedir a transição presidencial.