Temporal deixa ao menos seis mortos no sudeste do Brasil
Duas pessoas estão desaparecidas no local em Petrópolis
Pelo menos seis pessoas morreram nesta sexta-feira (22) em meio a um forte temporal que atinge o sudeste do Brasil, em particular a região serrana do estado do Rio de Janeiro, onde as autoridades qualificam a situação como “crítica”.
Três dos falecidos foram vítimas de uma penetração de terra em Petrópolis, a cerca de 70 quilômetros da capital do estado do Rio, informaram os Bombeiros e a Defesa Civil.
Outras duas pessoas estão desaparecidas no local.
O governador Cláudio Castro (PL-RJ) afirmou que a situação era “crítica” em Petrópolis, devido às “chuvas intensas e ao transbordamento do rio Quitandinha”, em uma mensagem nas redes sociais na noite desta sexta-feira.
Em comunicado, o governo precisou que choveu mais de 270 milímetros nas últimas 24 horas no município, onde estão sendo mobilizadas equipes de resgate e do Exército, um reforço determinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, disse Castro.
Enquanto isso, acrescentou, as escolas públicas foram habilitadas como refúgio.
Na véspera, as autoridades anunciaram medidas de prevenção para evitar consequências graves entre a população diante de um prognóstico de tempestade severa.
Tanto o governo do estado do Rio de Janeiro quanto a prefeitura da cidade decretaram ponto facultativo administrativo e recomendaram evitar deslocamentos.
Outro dos falecidos nesta sexta-feira foi um homem atingido por um raio em Arraial do Cabo (200 km ao norte do Rio), informaram as autoridades.
Na costa de São Paulo, duas crianças de 3 e 9 anos morreram pela queda de um telhado e de um muro, em incidentes separados.
O temporal chega após uma onda de calor que atingiu a região nos últimos dias, com um recorde de 62,3 ºC de sensação térmica no Rio de Janeiro no domingo e os maiores registros em São Paulo para um mês de março.
A chegada de uma frente fria, que transportou estragos no meio desta semana no estado do Rio Grande do Sul, acendeu os alertas do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).
“O maior perigo está no Rio de Janeiro”, havia alertado na quinta-feira em coletiva de imprensa o coordenador de Operações do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden).
O prognóstico oficial prevê 200 mm de chuva por dia, a partir desta sexta-feira até domingo, uma quantidade que supera a média histórica de 141,5 mm estimada para todo o mês de março.
Os habitantes de Petrópolis, um pitoresco destino turístico, ainda têm frescor na memória da tragédia que deixou 241 mortos em 2022, devido a um forte temporal que causou inundações e perfurações.
Imagens de ruas inundadas divulgadas na noite desta sexta-feira na imprensa lembraram as marcas registradas na ocasião.
Duas crianças, de 3 e 9 anos, morreram nesta sexta-feira devido à explosão de um telhado e à queda de um muro, em dois eventos diferentes, mas ambos no litoral do estado de São Paulo, onde fortes rajadas de vento e chuvas intensas foram registradas, segundo a Defesa Civil.
Nas cidades do interior de São Paulo, repetiram-se imagens de carros esmagados por árvores caídas, penetrações de terra, desabamentos e cortes de energia.
Outro dos mortos desta sexta-feira foi um homem atingido por um raio em Arraial do Cabo, no Rio de Janeiro, informaram as autoridades.
Os alertas permanecerão até o próximo domingo (24).