Tristeza e comoção no sepultamento do chef Rivandro França
Ainda não se sabe a causa da morte do chef e apresentador pernambucano, que teve seu nome inserido na rota da culinária típica sertaneja e ficou conhecido pelo seu restaurante Cozinhando Escondidinho
Tristeza e comoção marcaram o sepultamento do corpo do chef e apresentador pernambucano Rivandro França neste domingo (24), no Cemitério de Santo Amaro, na área central do Recife, por volta das 16h, com a presença de amigos e familiares. Rivandro, que tinha 45 anos, era responsável por administrar um restaurante na Zona Norte do Recife e foi encontrado dentro de casa, no bairro de Maranguape I, no município do Paulista, nesse sábado (23).
As informações iniciais repassadas pela Polícia Civil de Pernambuco apontam que no corpo do chef não havia marcas de violência. Além disso, a residência não apresentava sinais de arrombamento. De acordo com a Polícia Civil, desde o acionamento, a Delegacia de Paulista está atuando comprometida na compreensão e elucidação dos fatos.
“As equipes já deram início às investigações preliminares e seguirão até o esclarecimento da ocorrência. Mais informações serão repassadas ao final das investigações”, disse a Polícia Civil em nota enviada à imprensa.
Com várias premiações na área de gastronomia, Rivandro começou a ganhar destaque em 2010 quando abriu, na própria residência, em Casa Amarela na época, o restaurante Cozinhando Escondidinho. A equipe de Sabores, da Folha de Pernambuco, foi uma das primeiras a escrever uma resenha gastrô sobre o local, que se destacava em vários quesitos à mesa.
Na época, o trabalho era uma evolução dos primeiros passos de Rivandro na cozinha, a partir da sua formação em 2008, quando passou a vender bombons de chocolate com sabores que remetiam ao Nordeste. A ideia evoluiu, Rivandro agregou clientes e fez muitos amigos no meio profissional.
Já no seu Cozinhando Escondidinho, ele apresentava pratos tradicionais, típicos do Nordeste, de maneira inusitada. A pimenta biquinho era sua marca registrada. Cumbucas viradas e até a quenga de coco eram itens que formavam o seu enxoval, na pequena casa de pouco mais de 35 lugares.
O espaço aumentou e o chef se mudou algumas vezes de lugar para poder atender a demanda. Rivandro, que inseriu seu nome na rota da culinária típica sertaneja, chegou a apresentar um programa culinário na televisão e conduzia um novo restaurante recém-aberto no Recife. O chef deixa dois filhos.