Putin diz que atentado de Moscou foi obra de 'islamistas radicais' que tentaram fugir à Ucrânia
Segundo o líder russo, os agressores, após o ataque de sexta-feira, no qual morreram 137 pessoas, tentaram fugir para território ucraniano
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou, nesta segunda-feira (25), que o atentado em uma casa de espetáculos perto de Moscou, reivindicado pelo grupo Estado Islâmico, foi cometido por "islamistas radicais" que, segundo ele, tentaram depois fugir para a Ucrânia.
"Sabemos que este crime foi cometido por islamistas radicais com uma ideologia contrária ao que o mundo islâmico vem lutando durante séculos", disse Putin em uma reunião do governo, transmitida na televisão.
"Sabemos quem cometeu esta atrocidade contra a Rússia e sua gente. O que nos interessa é o patrocinador", acrescentou.
O líder russo voltou a afirmar que os agressores, após o ataque de sexta-feira pela noite, no qual morreram pelo menos 137 pessoas, tentaram fugir para território ucraniano.
"É importante responder à pergunta de por que os terroristas, depois de seu crime, tentaram ir para a Ucrânia? Quem os esperava lá? Aqueles que apoiam o regime de Kiev não querem ser cúmplices do terror e partidários do terrorismo, mas surgem muitas perguntas", afirmou.
No fim de semana, Putin e seus serviços de segurança (FSB) não mencionaram a participação jihadista e falaram da conexão com a Ucrânia.
O governo de Kiev e os países ocidentais negaram reiteradamente qualquer participação da Ucrânia no ataque.
No entanto, na noite desta segunda, Putin voltou a insinuar que poderia ter alguma relação com Kiev.
"De imediato, nos perguntamos quem se beneficia disto? Esta atrocidade pode ser um novo vínculo com quem, desde 2014, esteve lutando contra o nosso país através do regime neonazista em Kiev", frisou.
"E os nazistas, todos sabem, nunca se esquivaram de usar os métodos mais sujos e desumanos para atingir seus objetivos", afirmou.