Trump diz que Israel perde "muito apoio" por guerra em Gaza
As declarações de Trump, candidato republicano que provavelmente enfrentará Joe Biden nas eleições presidenciais de novembro
O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou, em entrevista a um veículo israelense publicada nesta segunda-feira (25), que Israel deveria "terminar" a guerra em Gaza, pois está perdendo "muito apoio" no mundo.
As declarações de Trump, candidato republicano que provavelmente enfrentará Joe Biden nas eleições presidenciais de novembro, foram publicadas quando o Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovava a resolução de um cessar-fogo na Faixa de Gaza, após a abstenção americana.
"É preciso terminar a guerra. É preciso terminar", declarou Trump, segundo uma transcrição parcial de uma entrevista ao jornal Israel Hayom.
"Diria que Israel deveria ser muito prudente, pois está perdendo muito apoio em grande parte do mundo, é preciso terminar, é preciso fazer o trabalho", acrescentou Trump.
Trump se apresenta por vezes como um fiel aliado de Israel, ao lembrar que transferiu a embaixada americana para Jerusalém e o papel de seu governo nas negociações de acordos de normalização em 2020 entre Israel e os países árabes, como Emirados Árabes Unidos e Bahrein.
A guerra explodiu em 7 de outubro após um ataque do Hamas em Israel, que deixou cerca de 1.160 mortos, a maioria civis, segundo um balanço da AFP baseado em dados israelenses.
Além disso, as milícias islamistas sequestraram umas 250 pessoas, das quais Israel acredita que cerca de 130 continuam retidas em Gaza, incluindo 33 que teriam morrido.
Em resposta, Israel lançou uma ofensiva que deixa, até agora, ao menos 32.333 mortos, segundo o Ministério da Saúde do governo do Hamas.
Apenas nas últimas 24 horas, 107 pessoas morreram em Gaza pelos bombardeios israelenses, de acordo com a mesma fonte.
Trump acrescentou que, embora Israel tenha reagido ao ataque do Hamas "em grande parte da mesma maneira", está preocupado com o aspecto visual de uma guerra durante a qual os bombardeios israelenses deixaram grande parte da Faixa de Gaza em ruínas.