Jovem que distribuía propaganda do Estado Islâmico on-line é preso na Espanha
As investigações apontam que o jovem tinha conexões com outras pessoas que faziam o mesmo em países da Ásia, Europa, e América do Norte
A Guarda Civil espanhola anunciou nesta terça-feira a prisão de um espanhol de 18 anos suspeito de realizar uma "intensa atividade propagandística" on-line em favor "do terrorismo" do grupo Estado Islâmico, com vínculos com uma rede internacional de jihadistas.
O suspeito de pais marroquinos foi detido em Barcelona no dia 16 de março por suspeita de ter vínculos com a organização e, segundo um comunicado da Guarda Civil, o jovem tinha "importantes conexões" com outras pessoas com o mesmo perfil "na Ásia, Europa, e América do Norte".
As investigações se iniciaram no ano passado, quando o corpo de segurança percebeu que o jovem, que vivia com seus pais e irmãos na cidade catalã, usava "Plataforma encriptada de mensagens instantâneas para mostrar o seu apoio ativo à organização terrorista DAESH", sigla de Estado Islâmico em árabe.
A decisão de prendê-lo veio depois que a polícia sueca deteve quatro pessoas com vínculos extremistas que "supostamente planejavam um ataque", com quem o jovem esteve em contato, como informaram fontes da Guarda Civil à AFP. Em 7 de março, o serviço de segurança sueco Säpo anunciou a prisão desses quatro suspeitos em Estocolmo.
Entre "eles, sobretudo com aplicações na internet, trocavam manuais de procedimentos terroristas e também falavam sobre possíveis objetivos ou planejamentos de ataques a fazer no futuro", especificaram as fontes.
Ele também esteve em contato com um indivíduo no Canadá que também "estava planejando um ataque" e que "foi detido pelas autoridades canadenses há quase um ano", segundo fontes da Guarda Civil, que não encontrou evidências de que o jovem mantinha contatos com pessoas na Espanha
O detido praticava "rigorosas medidas de segurança em suas comunicações" mediante "ferramentas" que lhe permitiam o anonimato, e estava em contato com outros simpatizantes do jihadismo no exterior "para proporcionar-lhes formação e treinamento terrorista", informou o texto. Os investigadores descobriram também que ele usava criptomoeda, então não descartam a possibilidade de que ele tenha participado de "atividades de financiamento do terrorismo".
As autoridades suspeitam que o jovem tenha sofrido um processo de "autorradicalização" na internet ao entrar em contato com propaganda jihadista. Ele foi julgado em um tribunal espanhol no dia 19 de março e permanece sob custódia.
A operação policial foi realizada com a colaboração da agência de inteligência espanhola CNI, além das suas correspondentes sueca e francesa e da agência policial europeia Europol.