PSOL aciona Justiça contra Nunes e Tarcísio por homenagem a Michelle e estadia de Bolsonaro
Partido pede que prefeito seja investigado por concessão de título de cidadã honorária no Theatro Municipal e governador por receber ex-presidente
O PSOL quer que a Justiça investigue o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e o prefeito da capital paulistana, Ricardo Nunes (MDB), por suas condutas durante a última passagem do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no estado. Na última segunda-feira (25), a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro recebeu o título de cidadã honorária no Theatro Municipal, motivo pelo qual a sigla solicita que a Procuradoria-Geral de Justiça responsabilize o prefeito. Já em relação ao governador, o Ministério Público foi acionado por Tarcísio ter hospedado o ex-mandatário no Palácio dos Bandeirantes, residência oficial do governo paulista.
A representação contra o governador é assinada pela deputada estadual Ediane Maria e a presidente do diretório do PSOL, Débora Lima. No documento, as duas afirmam que a administração pública veda gastos com a hospedagem de pessoas fora do calendário oficial.
"Além disso, receber figura que não exerce no momento nenhum cargo público, e que ainda figura como investigado pelo crime de atentar contra o Estado Democrático de Direito, fere os princípios da impessoalidade e moralidade, norteadores do uso de imóveis públicos", diz trecho da representação.
Antes de representar contra Tarcísio de Freitas, o PSOL já havia acionado a Procuradoria-Geral do estado contra Nunes. O motivo foi o fato de Nunes ter entregado o título de cidadã honorária a Michelle, mesmo após a Justiça de São Paulo ter negado que a homenagem pudesse ocorrer no local.
O aluguel do espaço foi pago pelo vereador Rinaldi Digilio (União-SP), autor do projeto que concedeu a homenagem, que relatou ter feito um empréstimo de R$ 100 mil para custear.