Presidente quer transformar Santa Cruz em SAF neste ano sem ceder patrimônio
Bruno Rodrigues também valorizou o Tricolor do Arruda como "melhor SAF do Brasil" para os investidores
Sem competições para disputar em 2024, o grande assunto do torcedor coral é sobre a transformação do clube em Sociedade Anônima do Futebol (SAF). De acordo com o presidente do Santa Cruz, Bruno Rodrigues, esse assunto é prioridade da gestão que tem o objetivo de fechar com investidores ainda este ano e sem ceder patrimônio.
“É prioridade nossa fazer a SAF ainda este ano. Eu tive várias reuniões conversando com investidores. A gente tem avançado, descartado algumas que não tem opção. Sabemos que a torcida apoia fazer a SAF imediatamente. Existem modelos diferentes. Vamos tranquilizar o torcedor que a gente vai trabalhar para viabilizar a SAF ainda esse ano”, disse o presidente tricolor em entrevista coletiva na última segunda-feira (25).
Ainda sobre o assunto da SAF, Bruno Rodrigues enfatizou que quer adotar um modelo em que o Santa Cruz não venda seu patrimônio físico. "A gente parte do princípio do modelo de separar o patrimônio da SAF: nosso estádio e área social. Essa é nossa expectativa em conversas internas".
Em 2023, surgiram notícias sobre a SAF do Santa Cruz ser adquirida por um fundo de investimento internacional ligados ao Newcastle- da Inglaterra. O presidente não descartou a possibilidade para o futuro e destacou o Tricolor do Arruda como potencial para ser a "melhor SAF do Brasil".
"Com relação a propostas de outros clubes internacionais, não podemos avançar muito por questões de sigilo. Em 2023 houve alguns investidores interessados. Eu digo ao mercado que, comercialmente falando, investir no Santa Cruz é a melhor SAF do Brasil. Estamos buscando com muita calma e tranquilidade e transparência", afirmou Bruno.
Recuperação Judicial
Em crise financeira, o Santa Cruz segue em processo de recuperação judicial desde o final de 2022. A SAF é importante para o clube desenvolver um plano de pagamento, segundo Bruno Rodrigues.
"Estamos em recuperação judicial e todos os movimentos que fazemos, temos que prestar contas. Todo o recurso que entra no clube é prestado contas à Justiça. A SAF é importante para que façamos um plano, que seja aprovado pelo Conselho [Deliberativo] e possa ser apresentado junto aos investidores”, completou.