Primeiras vítimas de queda de ponte nos EUA são identificadas; saiba quem são
Corpos das seis vítimas não foram encontrados, mas autoridades acreditam que eles estejam mortos
As primeiras vítimas do acidente que derrubou uma ponte da cidade de Baltimore, nos Estados Unidos, foram identificados. Tanto Miguel Luna, de 49 anos, e Maynor Yassir Suazo Sandoval, de 38, eram trabalhadores que atuavam em uma obra na construção quando o cargueiro Dali bateu em um pilar da estrutura. Os corpos das seis vítimas ainda não foram encontrados, mas as autoridades locais acreditam que eles estejam mortos.
Todas as vítimas trabalhavam para a empresa Brawner Builders e consertavam buracos da ponte quando o acidente aconteceu. Os desaparecidos eram nascidos na Guatemala, El Salvador e México. Outros dois trabalhadores também caíram na água com a queda da ponte, mas foram resgatados com vida.
Nascido em Azacualpa, em Honduras, Maynor Yassir Suazo Sandoval residia nos Estados Unidos há 18 anos. Ele tem dois filhos, de 18 e 5 anos, segundo o canal de televisão CBS. Além de trabalhar em obras, ele também era um pequeno empresário, dono de uma empresa de manutenção.
De El Salvador, Miguel Luna, de 49 anos, trabalhava na Brawner Builders há 14 anos e era pai de três filhos. Sua mulher, Carmen Luna, disse ao The Wall Street Journal, ter recebido uma ligação na madrugada, por volta das 3 da manhã, sobre a queda da ponte. Luna morava no estado americano de Maryland há 19 anos.
— A única coisa que queremos é que eles sejam encontrados e voltem para casa conosco.
Investigações sobre o colapso que levou o navio Dali a colidir com a ponte vão apurar se a presença de combustível sujo pode ter sido a causa da perda de energia da embarcação. Segundo o canal de televisão americano Fox News, um dos oficiais a bordo do navio relatou que um dos motores "tossiu" e parou em seguida. Neste momento, de acordo com o homem, “o cheiro de combustível queimado estava por toda parte na sala de máquinas”.
Combustível contaminado é uma das causas possíveis para apagões em navios, de acordo com o arquiteto naval Fotis Pagoualtos. À Fox News, o profissional explicou que um apagão completo pode resultar na perda de propulsão do navio. Nesse caso, os geradores podem até funcionar, mas não conseguem realizar todas as funções.
Segundo o Corpo de Bombeiros de Baltimore, havia muito óleo diesel na água, ao redor do navio, após o incidente. Não se sabe, no entanto, quanto combustível pode ter vazado na água, e nenhum relato de poluição significativo foi observado.