Relatório diz que Teixeira favoreceu Catar na Copa do Mundo de 2022

Entre as acusações, a que o Qatar pagou US$ 7 milhões ao então presidente da Associação Argentina de Futebol (AFA), Julio Grondona, e ao então presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF)

Ex-presidente da CBF teria recebido US$ 7 milhões pelo voto - Anderson stevens

A Fifa publicou o esperado “Relatório García” de 400 páginas, nesta terça-feira, sobre a polêmica na nomeação de Catar como sede da Copa do Mundo de 2022 e cujo conteúdo foi vazado e publicado pela imprensa alemã, na segunda, três anos após sua redação.

Entre as acusações, a que o Qatar pagou US$ 7 milhões ao então presidente da Associação Argentina de Futebol (AFA), Julio Grondona, e ao então presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira, com o objetivo de influenciar na decisão das duas entidades na escolha do país asiático para receber o evento.

O amistoso entre Argentina e Brasil, em novembro de 2010, em Doha, teria sido utilizado como pano de fundo para o pagamento da propina. Segundo o documento, o clássico sul-americano foi realizado para ajudar o Qatar a ser sede da Copa da Ásia de 2011, rebatendo assim a alegação de desinteresse do país asiático em relação ao futebol, um dos argumentos contrários à escolha do Qatar como sede da Copa do Mundo.

O Relatório García é objeto de desejo desde sua redação pelo ex-procurador americano Michael García, que dirigiu a investigação interna da Fifa. Ele entregou o relatório no dia 5 de setembro de 2014, onde identificou “problemas sérios e de grande envergadura no processo de candidatura e nomeação” dos próximos dois Mundiais. Na sequência, o magistrado apresentou sua demissão e denunciou uma leitura enviesada de seu trabalho.