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Biden celebra Páscoa e visibilidade trans; republicanos protestam

O Dia Internacional da Visibilidade Trans, comemorado em todo o mundo no dia 31 de março, coincide este ano com o Domingo de Páscoa

Presidente dos EUA, Joe Biden - Brendan Smialowski/AFP

O governo dos Estados Unidos de Joe Biden, um católico fervoroso, comemora neste domingo (31) a Páscoa, mas também o Dia Internacional da Visibilidade transgênero, para grande consternação dos conservadores, que protestam pelo que chamam de "blasfêmia".

O Dia Internacional da Visibilidade Trans, comemorado em todo o mundo no dia 31 de março, coincide este ano com o Domingo de Páscoa.

A polêmica começou com a publicação na sexta-feira de um comunicado de imprensa da Casa Branca reconhecendo essa data, comemorada por Biden desde o início de seu mandato.

A declaração foi tachada de "blasfêmia" por um porta-voz do ex-presidente republicano e novamente candidato à Casa Branca Donald Trump, que no sábado acusou o governo Biden de realizar um "ataque [...] contra a fé cristã", e exigiu um pedido de desculpas.

"A presidência de Biden traiu o princípio central da Páscoa, ou seja, a ressurreição de Jesus Cristo", criticou o presidente da Câmara dos Representantes, o republicano Mike Johnson, classificando a abordagem do presidente democrata de "escandalosa e odiosa".

A Casa Branca, em contrapartida, acusou os republicanos de tentarem "dividir" e condenou a "retórica odiosa e desonesta" dos partidários de Trump.

"Biden luta para unir as pessoas e defender a dignidade e as liberdades de cada americano" e "nunca abusará de sua fé para obter benefícios políticos ou financeiros", afirmou seu porta-voz Andrew Bates.

Trump, que aumentou sua influência nos círculos evangélicos desde a sua eleição em 2016, anunciou no início desta semana uma associação com uma estrela da música country para oferecer Bíblias, vendidas a 59,99 dólares (cerca de R$ 300) o exemplar.

Destacando a discriminação que as pessoas transgênero sofrem, o senador e pastor democrata Raphael Warnock rechaçou neste domingo as acusações dos conservadores, classificando-as de "contrárias à fé cristã".

"Em um momento como este, precisamos de vozes, especialmente vozes piedosas, que usem nossa fé, não como uma arma para esmagar os outros, mas como uma ponte para nos unir", disse Warnock na CNN.

Biden e Trump, que já se enfrentaram nas urnas em 2020, têm vitória garantida nas prévias de seus respectivos partidos para as eleições presidenciais de novembro.