Macron defende performance de cantora Aya Nakamura em cerimônias de Paris-2024
Aya Nakamura sofreu ataques racistas da extrema direita da França
O presidente francês, Emmanuel Macron, defendeu, nesta quinta-feira (4), que a estrela franco-maliana Aya Nakamura cante durante a cerimônia de abertura das Olimpíadas de Paris-2024, apesar das críticas da extrema-direita diante dessa possibilidade.
"Seu lugar está garantido em uma cerimônia de abertura ou de encerramento dos Jogos", já que ela "fala com muitos de nossos compatriotas", assegurou Macron, durante a inauguração do Centro Aquático Olímpico em Saint-Denis, ao norte de Paris.
Aya Nakamura é autora de sucessos com uma mistura de francês e outros idiomas como a canção "Djadja" - quase 1 bilhão de reproduções no YouTube - e lançou seu quarto disco, DNK, no ano passado.
No entanto, a hipótese de que interpretasse uma canção da ícone francesa Édith Piaf durante a cerimônia de abertura prevista para 26 de julho às margens do Sena causou indignação na extrema-direita francesa, que denunciou uma "humilhação ao povo francês".
Aya Nakamura respondeu às críticas em sua última canção "Doggy": "Eu não tenho inimigos, são eles que não gostam de mim. Um monte de inimigos, mas eu sequer os conheço. Não preciso de sua aprovação, saio nas capas das revistas".
O chefe de Estado de centro-direita disse, no entanto, que cabe ao diretor artístico das cerimônias, Thomas Jolly, decidir sobre a participação da cantora francófona mais escutada do mundo.
"Não revelarei aqui os detalhes, mas se faz parte junto com outros artistas dessa cerimônia, penso que seria algo bom", insistiu.
Os Jogos Olímpicos e Paralímpicos acontecerão na França de 26 de julho a 11 de agosto e de 28 de agosto a 8 de setembro, respectivamente, e são esperados pelo menos 10 milhões de espectadores.