SAÚDE

Febre oropouche: doença transmitida por mosquito cresce no país; confira os estados

Segundo dados do Ministério da Saúde, Amazonas registra o maior número de casos confirmados da doença

Febre - Pixabay

No Brasil, o estado do Amazonas lidera na quantidade de casos confirmados da febre oropouche, que já somam 3301 no total desde o início deste ano. Outros 22 estados e o Distrito Federal registraram exame positivo para pelo menos um caso da arbovirose, segundo dados do Ministério da Saúde.

O Amazonas (2.558) é seguido por Rondônia (590), Acre (106), Pará (29), Roraima (18) nos números confirmados. Nos valores apresentados a partir dos exames detectáveis, Mato Grosso segue com 11, São Paulo com 7 e Rio de Janeiro, 6. Já Paraná e Goiás detectaram 4 casos, enquanto Maranhão, Paraíba, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Norte notificaram 3 casos.

Na contramão da crescente, Rio Grande do Sul apresentou apenas 2 deles, Amapá, Ceará, Pernambuco, Piauí, Distrito Federal, Espírito Santo e Minas Gerais tiveram somente 1 pessoa infectada cada. Na Bahia, 19 casos estão sob investigação. A faixa etária mais atingidas são pessoas com idade entre 20 e 49 anos de idade.

O que é a febre oropouche
A febre, transmitida principalmente por mosquitos, é causada pelo vírus Orthobunyavirus oropoucheense (OROV). A transmissão é feita a partir da picada de um mosquito em uma pessoa ou animal infectado, pois o vírus permanece no sangue dele por alguns dias. Quando esse mosquito pica outra pessoa saudável, transmite, então, o vírus para ela.

De acordo com o Ministério da Saúde, existem dois ciclos de transmissão da doença:

Ciclo silvestre: Nesse ciclo, os animais como bichos-preguiça e macacos são os hospedeiros do vírus. Alguns tipos de mosquitos, como o Coquilletti diavenezuelensis e o Aedes serratus, também podem carregar o vírus. O mosquito Culicoides paraenses, conhecido como maruim ou mosquito-pólvora, é considerado o principal transmissor nesse ciclo. Ciclo urbano: Nesse ciclo, os humanos são os principais hospedeiros do vírus. O mosquito Culicoides paraenses também é o vetor principal. O mosquito Culex quinquefasciatus, comumente encontrado em ambientes urbanos, pode ocasionalmente transmitir o vírus também.

Quais são os sintomas?
Os sintomas associados à doença são parecidos com os da dengue e da chikungunya. São eles:

dor de cabeça; dor muscular; dor nas articulações; náusea; diarreia.

Não existe tratamento específico para a doença. Com o acompanhamento médico, são indicados medicamentos para aliviar os sintomas.