RECIFE

Quase meia década depois, leilão do edifício Holiday tem data marcada

Decisão foi publicada no Diário Oficial e divulgada pelo presidente Tribunal de Justiça de Pernambuco, Ricardo Paes Barreto, nesta sexta-feira (5)

Edifício Holiday - Caio Danyalgil/Arquivo Folha

Após anos de trâmite, o leilão do Edifício Holiday, no bairro de Boa Viagem, Zona Sul do Recife, já tem data marcada para acontecer. De acordo com o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), os dias 22 e 23 de maio foram determinados para que um possível desfecho do caso Holiday se consolide. 

A informação foi confirmada por Ricardo Paes Barreto, presidente da instituição, que está assumindo provisoriamente a Prefeitura do Recife até a próxima terça-feira (9).

“Essas pessoas estão há quase cinco anos sem suas casas, morando de favor ou de aluguel, por isso, conversei com o juiz do caso para que determinasse uma data e o Holiday seja alienado por um valor justo. Após isso, essa quantia seja dividida para os antigos residentes do local”, detalhou o desembargador.

A decisão provisória anterior havia decretado os dias 28 de março e 25 de abril para o leilão. “Como houve a troca do magistrado, e a decisão ainda não era definitiva, houve o julgamento e a decisão já consta no Diário Oficial de hoje (sexta-feira) e acredito que, até o meio do ano, todo o processo seja finalizado”, continuou.

Antes do certame, o edifício vai passar  por uma avaliação no dia 13 deste mês e o laudo da vistoria será divulgado no dia 22 de abril. A última fase antes do leilão ocorrer vai até dia 8 de maio, quando se encerra o prazo de impugnação.

Ainda segundo o desembargador, o Holiday tem grandes chances de não ser demolido. “Há propostas para que seja utilizado o modelo Retrofit no edifício. É um custo muito alto demolir, então é mais viável que se conserve a estrutura original do edifício. Caso isso aconteça, irá resolver a situação dos ex-moradores e gerar mais benefícios para o bairro de Boa Viagem”, finalizou. 

O edifício Holiday
Construído em 1956, o edifício foi evacuado em 2019 por conta de riscos estruturais. Com mais de 3 mil moradores, foi determinado que os proprietários identificados de parte dos 476 apartamentos fossem compensados.

O edifício apresentou uma série de danos estruturais ao longo dos anos, como as ligações elétricas clandestinas que resultaram em um alto risco de explosão.