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Julgamento de Moro: Gleisi admite que pode concorrer ao Senado, caso Justiça decida pela cassação

Em entrevista à rádio Itatiaia, presidente do PT afirmou que colocou seu nome à disposição para disputar possível eleição suplementar; senador volta a ser julgado pelo TRE-PR nesta segunda-feira

Presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann - Foto: Arthur Mota/ Folha de Pernambuco

A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, admitiu a possibilidade de disputar a vaga do senador Sergio Moro (União Brasil), caso ele seja cassado pela Justiça Eleitoral. Em entrevista à Rádio Itatiaia, Gleisi afirmou que o PT terá candidato neste cenário e que ela tem o interesse de concorrer:

— Se tiver eleições nessa vacância da cassação de Sergio Moro, o PT apresentará candidatura, sim. Meu nome é um dos que estão colocados. Mas, temos que discutir internamente com o partido e com os aliados para decidir a melhor estratégia — disse à rádio mineira.

Nos bastidores, Gleisi é uma das pré-candidatas na campanha informal pelo mandato de Moro. Atualmente, o senador responde a dois processos no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PR) que podem culminar em sua cassação.

Na semana passada, o relator Luciano Carrasco Falavinha votou pela inocência do ex-juiz-federal, enquanto o desembargador José Rodrigo Sade se manifestou pela cassação. O processo retorna ao plenário nesta segunda-feira, com o placar empatado em um a um, faltando o voto de cinco magistrados.

Segundo o PT e o PL, Moro teria driblado a legislação eleitoral durante a campanha de 2022. Os partidos alegam que Moro teria gasto R$ 6,7 milhões para chegar ao Congresso, quando o limite permitido por lei é de R$ 4,4 milhões. A suposta vantagem teria sido obtida por meio de dois movimentos: a desistência de concorrer à Presidência e a mudança partidária do Podemos para o União Brasil.

Caso o mandato seja perdido, um novo pleito será disputado. Além de Gleisi, são cotadas a esposa do ex-juiz, Rosangela Moro (União Brasil) e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL).