BRASIL

Sonda da Petrobras que fez descoberta na Margem Equatorial volta para bacia de Campos

Por volta das 12h20, tanto as ações preferenciais como as ordinárias da companhia subiam mais de 2% na B3

Petrobras - André Valentim

Após realizar a segunda descoberta de petróleo na Margem Equatorial brasileira, na bacia de Potiguar, a sonda da Petrobras vai voltar à bacia de Campos, como já havia sido informado pelo diretor de Exploração e Produção da companhia, Joelson Mendes.

Manter a unidade no local, à espera da licença ambiental para perfurar o principal objetivo da companhia, na bacia Foz do Amazonas, resultaria em custos incalculáveis, já que não há prazo para a concessão do documento.

A descoberta, divulgada na noite de terça-feira (9), agradou o mercado financeiro, que mantém as ações da companhia em alta no pregão desta quarta-feira, a despeito da queda do preço do petróleo e as especulações sobre a substituição do presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, que também estão se arrefecendo.

Por volta das 12h20, tanto as ações preferenciais como as ordinárias da companhia subiam mais de 2% na B3.

Além de dar pistas sobre as possibilidades de produção nas águas ultraprofundas da bacia Potiguar, a descoberta no poço exploratório Anhangá, na costa do Rio Grande do Norte, garante maior credibilidade sobre o aumento de reservas da companhia.

Segundo a Ativa Investimentos, a bacia Potiguar está localizada a alguns quilômetros de distância da bacia da Foz do Amazonas, alvo principal da petroleira, e mesmo assim possui características geológicas parecidas, "o que é ótimo", avalia a corretora.

A Ativa destaca que a nova fronteira tem potencial, sobretudo por se tratar ainda de exploração em águas ultraprofundas, onde a Petrobras é destaque global.

"A descoberta coloca uma pulga na orelha do Ibama. Se existem condições parecidas com Foz do Amazonas na bacia Potiguar, fica a impressão que o que existe na Foz do Amazonas pode ter grandes proporções. Em suma, a descoberta ajuda a Petrobras a colocar pressão no órgão para agilizar a licença solicitada pela empresa e que segue parada por mais de um ano no órgão", afirmou em nota