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Comércio desacelera em fevereiro e vendas sobem 1%

É a segunda alta consecutiva do setor, após o índice ter registrado crescimento de 2,8% em janeiro

Movimentação do comércio no Centro do Recife - Rafael Furtado/Folha de Pernambuco

As vendas do varejo brasileiro subiram 1% na passagem de janeiro para fevereiro. Os dados são da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada pelo IBGE nesta quinta-feira (11).

É a segunda alta consecutiva, após o índice ter registrado crescimento de 2,8% em janeiro. A última vez que o varejo registrou dois meses consecutivos de alta foi em setembro de 2022 (0,5% em agosto e 0,7% em setembro).

Analistas esperavam alta de 0,2%, segundo mediana das projeções compiladas pela Bloomberg.

Seis das oito atividades investigadas na pesquisa avançaram em fevereiro deste ano. Tiveram alta os artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria, com crescimento de 9,9%, e o de outros artigos de uso pessoal e doméstico, com avanço de 4,8%.

Dois dos oito grupos de atividades do varejo tiveram queda: combustíveis e lubrificantes (-2,7%) e Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,2%).

Perspectivas são positivas
O Índice de Confiança do Consumidor do FGV IBRE registrou a primeira alta do ano no mês de março, subindo 1,6 ponto, para 91,3 pontos. Segundo o índice, a alta da confiança dos consumidores foi motivada pela melhora de todos os quesitos que compõem o indicador, como as perspectivas para as finanças familiares futuras e sobre a situação futura da economia. A exceção foi o ímpeto de compra de bens duráveis, que recuou fortemente no mês.

Anna Carolina Gouveia, economista do FGV Ibre, pondera que este é o primeiro resultado positivo do ano, o que eleva o indicador de um nível pessimista para moderadamente pessimista, acima dos 90 pontos.

“Apesar da melhora no mês, a dificuldade em alcançar níveis mais satisfatórios da confiança tem estado atrelado às limitações financeiras das famílias, como sugere a manutenção do indicador de situação financeira atual em níveis historicamente baixos”, afirma.