CANAL SAÚDE

Dia Mundial de Conscientização da Doença de Parkinson

Doença está associada ao processo de envelhecimento

Foto: Pixabay

Nesta quinta-feira (11) é o Dia Mundial de Conscientização da Doença de Parkinson estabelecido pela Organização Mundial de Saúde com o objetivo de esclarecer a doença e as possibilidades de tratamento para que o paciente e sua família tenham uma melhor qualidade de vida. Segundo a Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG) a doença é um transtorno neurológico degenerativo progressivo que afeta a saúde física, mental e a qualidade de vida das pessoas acometidas.

A doença acomete homens e mulheres, principalmente, com idade superior a 60 anos, de diferentes raças e classes sociais. Porém, a incidência e a prevalência aumentam com o avançar da idade. Apesar dos avanços das pesquisas sobre o assunto, a causa da doença ainda permanece desconhecida e isto leva ao desafio do estudo da sua fisiopatologia em associação ao processo de envelhecimento humano. Todavia, é possível identificar os sintomas.  Os sinais principais são: bradicinesia (dificuldade de iniciar o movimento voluntário ou automático) rigidez, tremor de repouso, entre outros.

Para tratar o problema é necessário o controle dos sintomas, além de um acompanhamento individualizado. Pode envolver a necessidade de uma equipe multidisciplinar de acordo com as manifestações e prioridades para cada fase da doença (neurologista, geriatra, fisioterapeuta, fonoaudiólogo, nutricionista, terapeuta ocupacional, educador físico, dentre outros profissionais). E para falar mais sobre o assunto, Jota Batista, âncora da Rádio Folha 96,7 FM, conversou no Canal Saúde com a Médica Geriatra Alexsandra Siqueira Campos, coordenadora da geriatria do Hospital Oswaldo Cruz, que explicou melhor sobre a doença.

Médica Geriatra Alexsandra Siqueira Campos. Foto: Divulgação

 


 
“A doença de Parkinson tem seu sintoma principal a bradicinesia. O que é isso? É aquele paciente que tem movimentos lentificado então ele anda de forma lentificada, pensamento lentificação, além de lentificação da fala e junto com isso pode-se desenvolver tremores realmente ou também pode ter rigidez, então aquele paciente que anda de uma forma mais rígida balançando poucos membros, então isso a gente consegue perceber. O nosso diagnóstico da doença é um diagnóstico clínico, eu não preciso de exames complementares para dar o diagnóstico, então só observar que se você encontrar esses sintomas já podemos suspeitar de doença de Parkinson”
 


 A médica também alertou para a faixa etária mais comum dos sintomas aparecerem 


“Nem todo mundo que envelhece tem Parkinson! Mas essa é a faixa etária mais frequentemente, é lógico que a gente tem paciente com doença de Parkinson precoce aos 50 aos 40, infelizmente é uma doença que às vezes até vem mais agressiva com os sintomas, mas a maioria dos pacientes com doença de Parkinson tem mais de 60 ou mais anos. A história familiar tem algum peso, mas ela não é patognomônica, ou seja, não é certeza se alguém da família tem Parkinson que eu vou ter, mas se eu tenho alguém na família com a doença de Parkinson, já existe um risco maior de outras pessoas da família terem a doença de Parkinson”


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