Países alertam cidadãos contra viagens a Israel em meio a temor de ataque do Irã
Reino Unido, Canadá, Austrália e França emitiram avisos nesta sexta-feira; na quinta, embaixada americana restringiu viagens de diplomatas ao país por razões de segurança
Após a embaixada americana em Israel ter restringido as viagens de seus diplomatas ao país nesta quinta-feira por razões de segurança, outros países estenderam a preocupação aos seus civis. Reino Unido, Canadá e Austrália emitiram avisos nesta sexta-feira (12), e a França instou seus cidadãos a não viajar para o Irã, Líbano, Israel e os territórios palestinos ocupados. As decisões ocorrem em meio à escalada de tensão no Oriente Médio depois do bombardeio do consulado iraniano na Síria no início do mês, que Teerã prometeu retaliar.
O Ministério das Relações Exteriores da França emitiu um comunicado sobre o risco de “escalada militar” na região e afirmou que as recomendações de evitar a área foram feitas pelo ministro da pasta, Stéphane Séjourné. As famílias dos funcionários diplomáticos em Teerã retornarão à França, e os funcionários civis serão proibidos de realizar missões de trabalho nesses países e territórios.
Nesta quinta-feira(11), os EUA anunciaram que “os funcionários do governo americano e suas famílias estão impedidos de fazer viagens pessoais [fora das áreas de Tel Aviv, Jerusalém e Beersheba] até novo aviso”.
Mais cedo no mesmo dia, o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, pediu ao ministro das Relações Exteriores da China e a outros chanceleres que usem sua influência para dissuadir o Irã de atacar Israel. Blinken conversou por telefone com homólogos chineses, turcos, sauditas e europeus “para deixar claro que a escalada não é do interesse de ninguém, e que os países devem instar o Irã a não escalar”, afirmou o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller, a repórteres.
"Nós alertamos o Irã" reforçou a porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, em uma entrevista coletiva nesta quinta-feira.