Câmara dos Representantes dos EUA votará separadamente ajuda à Ucrânia e Israel
A Câmara dos Representantes dos Estados Unidos votará pacotes de ajuda separados para Ucrânia e Israel
A Câmara dos Representantes dos Estados Unidos votará pacotes de ajuda separados para a Ucrânia e Israel, após semanas de disputas políticas entre o governo do democrata Joe Biden e seus opositores republicanos, anunciou nesta segunda-feira (15) o presidente da câmara, Mike Johnson.
"Nesta semana, vamos analisar projetos de lei separados [...] para financiar nosso aliado Israel, apoiar a Ucrânia em sua guerra contra a agressão russa, fortalecer nossos aliados no Indo-Pacífico e aprovar medidas adicionais para contrariar nossos adversários", afirmou Johnson na rede social X.
A ajuda dos EUA ficou estagnada em um Congresso dividido, depois que Johnson - aliado do candidato presidencial republicano Donald Trump - bloqueou um pacote anterior de US$ 95 bilhões (R$ 491 bilhões), solicitado por Biden para Israel, Ucrânia e Taiwan, que havia sido aprovado pelo Senado.
"Não votaremos o suplemento do Senado em sua forma atual", disse Johnson aos jornalistas nesta segunda-feira, referindo-se ao pacote solicitado por Biden, "mas votaremos cada uma dessas medidas separadamente em quatro partes diferentes".
A Casa Branca havia descartado anteriormente qualquer projeto de lei que contivesse apenas assistência para Israel.
"Não aceitaremos um isolado. Um projeto independente não ajudaria Israel nem a Ucrânia", afirmou a secretária de imprensa da Casa Branca, Karine Jean-Pierre.
Johnson está sob pressão no que diz respeito à ajuda à Ucrânia, já que Trump e os legisladores de extrema direita da Câmara têm sido relutantes em destinar bilhões de dólares para a luta de Kiev contra as forças russas.
Nos últimos meses, a Ucrânia tem mostrado crescente frustração com os atrasos na assistência ocidental, incluindo sistemas de defesa aérea que diz precisar urgentemente para repelir os ataques de Moscou.
Por sua vez, Israel foi alvo no sábado de um ataque sem precedentes do Irã com cerca de 300 drones e mísseis, realizado por Teerão em resposta a uma ofensiva que destruiu o consulado iraniano em Damasco.
O ataque gerou preocupação mundial e apelos à moderação para evitar uma escalada de consequências imprevisíveis no Oriente Médio.