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Inflação mostra que deve demorar mais tempo até Fed ter confiança para cortar juros, diz Powell

Presidente do Fed admitiu que os números do começo do ano apontaram uma "falta de mais progressos" no objetivo de retornar a inflação à meta de 2%

Presidente do Federal Reserve (Fed, banco central americano), Jerome Powell - Mandel Ngan/AFP

O presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Jerome Powell, afirmou nesta terça-feira, 16, que os dados recentes de inflação nos Estados Unidos indicam que vai demorar mais tempo até que a autoridade monetária tenha a confiança necessária para cortar juros. Em evento no Fórum de Washington sobre a Economia Canadense, Powell ressaltou o "significativo" arrefecimento dos preços no segundo semestre de 2023, mas admitiu que os números do começo do ano apontaram uma "falta de mais progressos" no objetivo de retornar a inflação à meta de 2%.

Nesse cenário, o dirigente considera "apropriado" deixar que a política restritiva tenha mais tempo para operar da maneira desejada.

Segundo ele, se a inflação mais alta persistir, o Fed poderá manter a taxa básica no nível atual de maneira mais prolongada.

Mercado de trabalho
O presidente do Federal Reserve afirmou também que o mercado de trabalho dos Estados Unidos permanece "forte", mas caminha para um cenário de maior equilíbrio entre oferta e demanda.

Powell lembrou ainda que a economia dos Estados Unidos se mostrou resiliente no último ano, ao mesmo tempo em que a inflação caiu de maneira significativa, particularmente no segundo semestre de 2023. No entanto, os dados mais recentes sugerem que não houve maior progresso na busca pela estabilidade de preços, segundo ele.

O dirigente acrescentou que o Fed aprendeu as lições relativas aos estresses no setor bancário americano do ano passado.

De acordo com ele, o banco central norte-americano deve promover medidas regulatórias para os bancos médios, que protagonizaram as turbulências recentes.